Inflação: IPCA recua, mas ainda preocupa o Banco Central

Nova projeção do IPCA aponta leve recuo na inflação em 2025, enquanto Selic permanece em 15% e estimativas para o PIB seguem estáveis

Brasil Notícias
Inflação: IPCA recua, mas ainda preocupa o Banco Central
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A previsão do IPCA, índice que mede a inflação no Brasil, voltou a apresentar queda, segundo o mais recente Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. A nova estimativa para 2025 passou de 4,83% para 4,81%, refletindo uma leve desaceleração nas expectativas do mercado.

Apesar do recuo, a taxa continua acima do teto da meta de inflação, fixada em 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, até 4,5%. Com isso, o Banco Central segue pressionado a manter os juros básicos (Selic) em níveis elevados.

Inflação em queda, mas ainda acima da meta

A inflação oficial, medida pelo IPCA, foi negativamente impactada em agosto pela redução nas tarifas de energia elétrica, registrando uma deflação de 0,11%. Com esse resultado, o acumulado em 12 meses ficou em 5,13%, de acordo com o IBGE.

Para os anos seguintes, as expectativas também recuaram: 4,28% em 2026, 3,9% em 2027 e 3,7% em 2028. A trajetória aponta para uma gradual convergência à meta, embora em ritmo mais lento do que o desejado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Juros em alta: Selic deve permanecer em 15%

Na última reunião do Copom, o Comitê decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, justificando a decisão com base nas incertezas do cenário externo e na moderação da atividade econômica interna. A ata da reunião indica que a taxa deverá permanecer elevada “por período bastante prolongado”.

As projeções indicam que a Selic deve seguir nos 15% até o final de 2025, com quedas previstas apenas a partir de 2026, quando a taxa deve recuar para 12,25%, chegando a 10% até 2028.

PIB estável e dólar com leve alta

Enquanto a inflação mostra sinais de alívio, o mercado mantém sua previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2,16% para este ano. Para os próximos anos, o crescimento estimado é de 1,8% (2026), 1,9% (2027) e 2% (2028).

A cotação do dólar também foi ajustada: a previsão é de R$ 5,48 até o fim de 2025, com leve alta nos anos seguintes, podendo chegar a R$ 5,58 em 2026.

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