Inflação em queda: projeção para 2025 recua novamente

Queda na inflação e câmbio mais favorável indicam cenário de estabilidade econômica, mas juros altos seguem travando o crescimento

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Inflação em queda: projeção para 2025 recua novamente
Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Pela segunda semana consecutiva, o mercado financeiro voltou a revisar para baixo a projeção da inflação para 2025, passando de 4,81% para 4,80%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC). O recuo reforça uma tendência de desaceleração nos preços, mesmo que ainda acima do teto da meta oficial, que é de 4,5%.

Há quatro semanas, a expectativa de inflação era de 4,85%. Para os anos seguintes, as previsões seguem estáveis: 4,28% para 2026 e 3,90% em 2027, mantendo uma leve trajetória de queda.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. Assim, a nova estimativa para 2025 ainda está acima do teto da meta, o que mantém o Banco Central em alerta.

Energia elétrica pressiona inflação; alimentos seguem em queda

Segundo o IBGE, a prévia da inflação oficial de setembro, medida pelo IPCA-15, foi de 0,48%, puxada principalmente pela alta na energia elétrica. Em contrapartida, os alimentos apresentaram recuo pelo quarto mês consecutivo: -0,35%, contribuindo com um impacto negativo de -0,08 ponto percentual.

Juros altos: Selic permanece em 15% ao ano

Para conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a Selic em 15% ao ano há 15 semanas. A expectativa é que essa taxa seja mantida por um “período bastante prolongado”, segundo a ata mais recente do Copom. A projeção do mercado é que a Selic comece a cair só em 2026, chegando a 12,25%, e 10,50% em 2027.

A taxa de juros elevada ajuda a conter a inflação ao desestimular o consumo e encarecer o crédito, mas também pode frear o crescimento econômico — criando um dilema para a política monetária.

PIB estável e dólar em queda

Apesar das pressões, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 se mantém firme em 2,16% há quatro semanas. Para 2026 e 2027, as estimativas são de crescimento de 1,80% e 1,90%, respectivamente.

O mercado também prevê uma queda na cotação do dólar, com a moeda norte-americana devendo fechar 2025 a R$ 5,45. É uma melhora frente às projeções anteriores: R$ 5,48 na semana passada e R$ 5,55 há quatro semanas. Para 2026, a expectativa é de R$ 5,53.

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