Hospital Ortopédico do Estado da Bahia realiza ação para conscientizar pacientes e familiares sobre cuidados paliativos

A gravidade de uma doença não pode significar o fim da dignidade do paciente. Considerando a importância de uma abordagem acolhedora, o Hospital Ortopédico do Estado da Bahia realiza, nesta semana, uma campanha sobre cuidados paliativos, com o objetivo de esclarecer a abordagem e desmistificar o pensamento de que se trata de um atendimento destinado apenas para casos de doenças terminais. Além da distribuição de material informativo sobre o tema, uma equipe multidisciplinar do hospital vem realizando, durante os atendimentos, abordagens com pacientes e familiares sobre o tema.

O cuidado paliativo é uma abordagem multiprofissional que visa melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças graves, crônicas ou em fase terminal, focando no alívio da dor, controle de sintomas e apoio emocional. “Os cuidados paliativos não devem começar apenas quando se esgotam os recursos terapêuticos. Iniciar precocemente alguns procedimentos pode ser essencial para reduzir a dor e melhorar o bem-estar de modo integral”, alerta Douglas Matos, médico intensivista da UTI do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia.

A abordagem se estende também a familiares, que merecem cuidados e atenção, já que também enfrentam longos períodos de tratamento, os quais são, por vezes, dispendiosos em termos físicos, emocionais e financeiros. Algumas das ações incluem acolhimento de medos, ansiedades e escuta terapêutica, além do exercício de estabelecer limites e encontrar tempo para atividades relaxantes. “Os familiares precisam ser orientados e alertados para que não adoeçam junto com os pacientes”, afirma Douglas.

O cuidado paliativo requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual, independentemente da idade ou do prognóstico.

O Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, unidade estadual administrada pelo Einstein, completou, em outubro, sete meses de funcionamento. A unidade, que já realizou 50.000 atendimentos e mais de 2.000 cirurgias, implementa, desde o início de sua operação, diversas ações de acolhimento aos pacientes e seus familiares, como as saídas terapêuticas e a terapia assistida por animais.