Hamilton Assis cobra resposta sobre desabamento na Igreja de São Francisco
Vereador pede medidas urgentes para preservação do Centro Histórico de Salvador
O vereador professor Hamilton Assis (PSOL) cobra resposta das autoridades e investimento na preservação do patrimônio histórico e cultural de Salvador. O vereador lamenta a morte da turista de 26 anos, vítima do desabamento de parte do teto da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, que também deixou cinco pessoas feridas.
“Diante da tragédia, lamentamos profundamente o falecimento da Giulia Panchoni e somos solidários à família. A igreja com o interior revestido de ouro é espaço de cerimônias de casamento e parada quase obrigatória para soteropolitanos e turistas que visitam o Pelourinho”, reforça o vereador.
Hamilton Assis lembra que, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a responsabilidade pela manutenção e gestão da Igreja e Convento de São Francisco é da Ordem Primeira de São Francisco. O Iphan informou em nota que “enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, atualmente em andamento”.
Preservação
Conforme reforça o vereador, o cenário da preservação do patrimônio histórico na capital baiana requer um olhar especial: “É preciso apurar as responsabilidades do proprietário, que, no caso, é a Igreja, e de quem fiscaliza. Esse é um assunto muito importante, que envolve diversos setores e outras questões, incluindo a gestão pública de imóveis do Centro Antigo de Salvador”.
Hamilton Assis reforça que o local “abriga vários vazios, de propriedade pública, e sem cumprir sua função social. São os moradores, ocupantes dos casarões, os reais preservadores dos patrimônios material e imaterial da cidade ao conservarem com pequenas reformas os prédios em pé”.
Hamilton Assis, que esteve no local do acidente juntamente com a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL), defende a junção das gestões para assegurar a função social da propriedade urbana. “Os governos precisam estruturar seus órgãos de patrimônio e garantir a função social da propriedade urbana, com políticas para permanência da população negra e vulnerabilizada que vive e trabalha no território, porque são essas pessoas a memória e história do lugar”, defende.
Na semana passada, como lembra o vereador, houve uma tentativa irregular de demolição de um prédio tombado na Ladeira da Preguiça. Ele destaca que os responsáveis, sem qualquer aviso ou documentação apresentada, alegaram estar autorizados, mas a comunidade fez a denúncia e evitou a obra.
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