Haddad confirma que aporte aos Correios deve ser menor que o previsto

Haddad confirma que ajuda financeira será menor que o previsto e condicionada a um plano de reestruturação da estatal

Brasil Notícias
Haddad confirma que aporte aos Correios deve ser menor que o previsto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal deverá autorizar um aporte menor que os R$ 6 bilhões solicitados pelos Correios para reforçar o caixa da estatal. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (8) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que o valor final será inferior ao inicialmente cogitado.

Segundo o ministro, a equipe econômica analisa formatos alternativos de apoio, incluindo a possibilidade de combinar o aporte com um empréstimo que pode ser liberado ainda este ano. No entanto, nenhuma decisão está fechada.

Haddad afirmou que, embora exista espaço fiscal para uma injeção de recursos em 2025, a medida dependerá do andamento das discussões internas.
“Até teria espaço, mas não é algo decidido”, disse o ministro ao conversar com jornalistas na sede da Fazenda.

Ele reforçou que qualquer repasse do Tesouro estará condicionado a um plano de reestruturação dos Correios, considerado essencial para o futuro da empresa.
“Estamos condicionando tudo a um plano de reestruturação. Os Correios precisam mudar”, declarou.

Aporte inferior aos R$ 6 bilhões

O valor de R$ 6 bilhões, necessário para cobrir o prejuízo registrado de janeiro a setembro, não deve ser confirmado. Segundo Haddad, as estimativas atuais apontam para um montante mais baixo.

A equipe econômica ainda avalia se o aporte será viabilizado por meio de crédito extraordinário ou por um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN). Ambas as alternativas estão em estudo.

Empréstimo bilionário volta à mesa

Além do aporte, o governo discute conceder aval para um empréstimo à estatal. A negociação ganhou força após o Tesouro negar um pedido de R$ 20 bilhões, considerado excessivamente oneroso.

A nova proposta reduz a operação para algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, o que permitiria juros mais baixos. Foi justamente o custo elevado que motivou o veto inicial.

Haddad disse que o empréstimo pode ser aprovado ainda em 2025, mas ressaltou que a negociação com bancos tem dificultado o avanço.
“É uma possibilidade, mas dependemos das tratativas com as instituições financeiras”, afirmou.

As declarações ocorreram após uma reunião de quatro horas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na residência oficial da Casa. O encontro tratou de projetos prioritários que o governo pretende aprovar antes da votação do Orçamento de 2026.

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