Governo do Estado garante sustentabilidade e acolhimento para catadores com Projeto Ecofolia Solidária
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O projeto Ecofolia Solidária, desenvolvido pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com outros órgãos estaduais, visa garantir condições dignas de trabalho para catadores e catadoras durante o Carnaval. São 3.300 catadores cooperados e autônomos beneficiados este ano com equipamentos de proteção individual, composto por fardamentos, botas, luvas, protetor auricular e uma estrutura de apoio para comercialização do material recolhido.
Os coletores cooperativados já integrados ao projeto definem a ação como de grande avanço na história da ecoreciclagem na Bahia. Michele Almeida, catadora e vice-presidente da cooperativa Cama Pet, narra um pouco da história: “ A gente faz diferencial na vida dos catadores autônomos, trazendo essa dignidade. A gente iniciou projeto muito pequeno, na época poucos catadores ainda conheciam a ação. Agora em 2025 já tem um diferencial que é uma bonificação pelo plástico coletado, que alguns anos atrás a gente não tinha esse trabalho”. A coordenadora também ressaltou: “E esse ano também a gente já tem os espaço que as mulheres possam fazer seu descanso, sua massagem, sua ioga para trabalhar relaxadamente”, referindo-se aos Espaços de Convivência ‘Cuidar de Quem Cuida’ que oferecem estrutura para descanso e bem-estar.
O projeto este ano incorpora também apoio na alimentação dos coletores. O titular da Setre, secretário Augusto Vasconcelos, enfatiza: “é maior ação de coleta seletiva da história do Carnaval de Salvador e também do interior do estado. Através do Governo do Estado nós desenvolvemos onze centrais, coleta seletiva, também dois locais de apoio ao catador e a catadora com oportunidade de banho, higiene pessoal, fornecimento de alimentação, equipamentos de proteção individual, compramos balanças, prensas, maquinários como caminhões pra auxiliar nessa coleta”, detalhou o gestor.
Foram investidos pelo Governo do Estado R$ 3 milhões, que irão impactar positivamente no trabalho seguro dos catadores e bater recordes na coleta, complementa o coordenador da Setre, Wenscelau Junior. ” Pretendemos ao final do carnaval coletar duzentas e dez toneladas de material reciclável, isso significa sustentabilidade ambiental e social. Muitas dessas famílias têm essa oportunidade de geração de renda no carnaval, historicamente é uma categoria que tem sido invisibilizada e, em nossa ação em apoio às cooperativas de catadores e catadoras, têm oportunizado valorização, dignidade e trabalho decente”, pontuou.
Maria Gorete, coletora integrada no processo de triagem no ponto do Politeama, relata entusiasmada: “hoje eu estou fazendo parte da triagem. É bom porque além de agregar valores, a gente contribui com o meio ambiente”, afirma. São 11 Centrais de Apoio ao Catador em Salvador, um em Barreiras e outra em Itabuna.
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