Governo define regras para empréstimos em saúde e educação
CMN aprova regras para empréstimos do FIIS 2025 com foco em saúde, educação e segurança pública

Mais de um ano após a criação do Fundo Nacional de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), o governo finalmente definiu como os R$ 10 bilhões previstos no Orçamento de 2025 serão emprestados. Em decisão recente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou os prazos, taxas e condições dos financiamentos destinados às áreas prioritárias: saúde, educação e segurança pública.
A gestão do fundo será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que poderá credenciar outras instituições financeiras para operar os recursos. O objetivo é acelerar os investimentos em infraestrutura social e atender rapidamente às principais demandas da população.
Quais são as condições do financiamento do FIIS 2025?
Segundo o plano aprovado, os financiamentos terão:
- Prazo total de pagamento: até 20 anos
- Carência: 24 meses (pagamento só começa após esse período)
- Juros:
- 5% ao ano para operações de até 10 anos
- 7% ao ano para operações acima de 10 anos
- Durante o período de carência, não há incidência de juros
- Remuneração dos agentes financeiros:
- 3,38% ao ano para bancos públicos
- 4,35% ao ano para bancos privados
- 6% ao ano para instituições credenciadas pelo BNDES
- 1,25% ao ano para operações indiretas do BNDES
Áreas prioritárias de investimento
De acordo com o Plano de Aplicação de Recursos do FIIS 2025, os principais focos serão:
- Atenção à saúde pública, incluindo serviços especializados
- Educação infantil, fundamental e ensino médio, com meta de universalização do acesso
- Segurança pública, em projetos de infraestrutura e modernização
Impacto fiscal? Sem sustos
O Ministério da Fazenda esclareceu que os empréstimos do FIIS são reembolsáveis, ou seja, não representam gasto extra para o Tesouro Nacional. Além disso, os riscos de inadimplência serão integralmente assumidos pelas instituições financeiras que concederem os financiamentos.
A regulamentação foi aprovada em caráter de urgência para viabilizar a execução dos recursos já previstos no Orçamento de 2025 e garantir resposta rápida às necessidades sociais mais urgentes.
O CMN é presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e conta ainda com a participação da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
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