Governo da Bahia amplia Pontos de Cuidado e fortalece apoio a pessoas em vulnerabilidade
Governo do Estado expande projeto que garante acolhimento e inclusão social

O Governo da Bahia deu mais um passo importante na política de assistência social ao ampliar o programa Pontos de Cuidado, voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesta quarta-feira (17), representantes de 14 organizações sociais participaram do I Encontro dos Pontos de Cuidado, promovido pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador.
Atualmente, os Pontos de Cuidado estão presentes em 20 municípios baianos, abrangendo 12 territórios de identidade e contando com um investimento superior a R$ 6 milhões. A iniciativa fortalece parcerias estratégicas com instituições que atuam diretamente com populações em situação de rua, juventude, comunidades da agricultura familiar, povos originários, mulheres em situação de violência, população LGBTQIAPN+ e outros grupos vulneráveis.
Segundo a secretária Fabya Reis, o encontro simboliza a consolidação de uma política prioritária:
“Esse momento consolida o alinhamento e a troca de experiências entre as organizações”, destacou a titular da Seades.
Promoção do cuidado em liberdade e redução de riscos
O projeto atua com a promoção do cuidado em liberdade e a inclusão social, com estratégias de redução de riscos e danos relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Além disso, contempla pessoas negras e periféricas, comunidades tradicionais e até indivíduos em conflito com a lei, ampliando a rede de proteção social no estado.
Experiências que transformam vidas
Entre as instituições parceiras, está o Instituto Baiano Osmar Azevedo (Iboa), que atende mais de 100 famílias em Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália. A entidade oferece acompanhamento psicossocial, jurídico e terapêutico, além de projetos de autosustentação baseados no plantio e cultivo coletivo.
De acordo com o coordenador e terapeuta holístico Ednaldo Corrêa, a missão central é afastar os jovens do tráfico:
“Acompanhamos cada caso, fazemos o levantamento das demandas e encaminhamos para os cuidados, inserindo-os em processos de produção e coletividade.”
Outra instituição de destaque é a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA), que há 11 anos apoia mulheres impactadas pela guerra às drogas. Em Salvador, a entidade está implantando um Centro de Convivência no Centro Histórico, oferecendo suporte a ex-moradoras de rua, sobreviventes do sistema carcerário e ex-trabalhadoras do narcotráfico. O espaço também contará com uma área lúdica para crianças.
“Nosso objetivo é garantir um espaço seguro, com foco em gênero, raça e acolhimento”, explicou Luana Malheiro, coordenadora da RENFA.
Em Camaçari, o Terreiro de Lembá reforça a dimensão cultural do projeto, ampliando a perspectiva de cuidado a partir da tradição do Candomblé. O sacerdote táta Ricardo Tavares ressaltou:
“Um Terreiro de Candomblé já é um ponto de cuidado. Agora temos o apoio do Estado, promovendo essa política a partir da redução de danos.”
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