General bolsonarista seguirá preso por plano de golpe, decide STF
Alexandre de Moraes mantém prisão de general acusado de liderar conspiração golpista no governo Bolsonaro, segundo PF e PGR

O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, manteve a prisão preventiva do general Mário Fernandes, ex-assessor do governo Jair Bolsonaro. Apontado como um dos líderes do grupo extremista conhecido como “kids pretos”, o militar está preso desde novembro do ano passado por envolvimento em uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado.
Segundo Moraes, o general usou sua patente para incitar e influenciar outras células golpistas, atuando de forma ativa na tentativa de ruptura institucional. A decisão reforça o entendimento do STF de que há elementos graves envolvendo a participação de Fernandes no suposto plano.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o general integrava o chamado “núcleo 2” de articulação do golpe. Ele teria, inclusive, participado da elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do próprio ministro Alexandre de Moraes. O documento com o plano teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto, em dezembro de 2022.
Além de Mário Fernandes, também são réus no mesmo núcleo da denúncia o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins. Todos serão ouvidos entre os dias 14 e 21 de julho, durante audiências conduzidas por juízes-auxiliares do gabinete de Moraes, por videoconferência.
As defesas dos réus e representantes da PGR poderão acompanhar os depoimentos e apresentar questionamentos, como previsto nos trâmites penais do STF.
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