Frentes populares lançam plebiscito contra escala 6×1 e por redução da jornada de trabalho
Mobilização em Salvador defende direitos trabalhistas, fim da escala 6x1 e justiça tributária com taxação dos mais ricos

As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo realizam neste sábado (24), na Praça da Piedade, em Salvador, o lançamento do Plebiscito Popular por Direitos, iniciativa que defende a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e a taxação de grandes fortunas. O ato marca o início de uma mobilização nacional envolvendo partidos, sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais de todo o país.
A proposta principal é ouvir a população sobre três pautas:
- Redução da jornada de trabalho sem redução salarial;
- Fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho para um de descanso);
- Taxação de pessoas com rendimentos acima de R$ 50 mil e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Escala 6×1: alvo central da mobilização
Um dos focos do plebiscito é o combate à escala 6×1, considerada pelos organizadores uma violação ao bem-estar dos trabalhadores. Segundo eles, esse modelo impacta negativamente a saúde mental, o convívio familiar e o direito ao lazer.
“O plebiscito será um instrumento importante para dialogar com a classe trabalhadora em todos os níveis. Aborda temas que fazem parte do cotidiano, como o excesso de jornada e a injustiça tributária”, afirma Lucinha do MST, secretária Nacional de Movimentos Populares do PT.
Mobilização por dignidade e participação popular
A secretária de Movimentos Populares do PT Bahia, Rafaella Rios, destacou o compromisso do partido com a pauta dos trabalhadores:
“O PT vai para as ruas e para as redes defender uma jornada digna. Não é justo que os brasileiros estejam sobrecarregados, sem tempo para a vida”, declarou.
Para Gustavo Mascarenhas, da Frente Povo Sem Medo, o plebiscito é também uma ferramenta de mobilização e conscientização:
“O fim da escala 6×1 é uma das pautas mais urgentes. O plebiscito garante a participação direta da população nas decisões que afetam sua vida”, disse.
O plebiscito popular não tem caráter oficial, mas é um mecanismo legítimo de consulta pública promovido por entidades civis. A proposta é fortalecer a pressão sobre o Congresso Nacional e os governos para avançar em temas de interesse coletivo. Votações simbólicas e debates devem ocorrer em escolas, sindicatos, comunidades e locais de trabalho nos próximos meses.
“A proposta reúne movimentos sociais, centrais sindicais, artistas, partidos e diversas organizações populares. Trata de temas em discussão no Congresso, mas que dificilmente serão aprovados sem pressão popular”, afirmou Caio Botelho, secretário de Movimentos Sociais do PCdoB na Bahia.
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