Filhos de Cid Moreira acusam irregularidades em testamento
Laudo aponta possível incapacidade cognitiva de Cid Moreira ao assinar testamento que deixou toda fortuna para a esposa

A morte do icônico jornalista Cid Moreira, aos 97 anos, abriu as portas para uma acirrada disputa judicial pela herança de R$ 60 milhões. Seus filhos, Roger Felipe e Rodrigo Radenzev, levaram à Justiça uma ação que questiona a legitimidade do testamento assinado em 2023, no qual o apresentador deixou todo o seu patrimônio para a esposa, Fátima Sampaio, excluindo ambos da divisão de bens.
De acordo com documentos revelados com exclusividade pela coluna de Fábia Oliveira, um laudo técnico produzido no dia 8 deste mês aponta indícios de que Cid não possuía plena capacidade cognitiva e motora no momento da assinatura do testamento.
A análise foi conduzida por um perito contratado pelos próprios filhos do jornalista. Segundo o especialista, a assinatura presente no testamento diverge dos padrões gráficos anteriores atribuídos a Cid e apresenta traços típicos de uma pessoa senil e debilitada.
Para fundamentar o parecer, a assinatura do documento foi comparada com outra feita em um boletim de ocorrência, também assinado por Cid Moreira. O laudo levanta a hipótese de que o testamento possa não ser válido, reforçando a tese dos filhos.
Vale destacar que o documento ainda não foi analisado por um perito judicial nomeado oficialmente pelo juiz do caso, o que deixa o futuro da partilha de bens em aberto.
Cid Moreira faleceu em 3 de outubro de 2024, após quase um mês de internação no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis (RJ), vítima de falência múltipla dos órgãos. A herança milionária e a exclusão dos filhos continuam gerando polêmicas que prometem novos desdobramentos.
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