Exercício físico ajuda a retardar sintomas do Parkinson precoce, dizem especialistas
Estudos apontam que a prática de atividade física pode melhorar a função motora e a qualidade de vida de pessoas diagnosticadas com a doença

A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta principalmente o sistema nervoso central, comprometendo áreas ligadas ao controle motor. Embora ainda não exista um tratamento capaz de impedir o avanço da doença, estudos recentes indicam que a prática regular de atividade física pode trazer benefícios significativos para pacientes em estágios iniciais.
De acordo com o estudo Park-in-Shape, publicado na revista The Lancet, exercícios físicos podem atenuar sintomas motores e cognitivos associados ao Parkinson.
Como os exercícios ajudam no combate à doença
Segundo Everton Raeda, coordenador da Rede Alpha Fitness, os treinos oferecem ganhos expressivos na vida dos pacientes:
“A prática regular de uma atividade física pode melhorar sintomas como o problema de equilíbrio e locomoção. Além disso, estimula capacidades funcionais como força muscular, agilidade e coordenação motora.”
Esses efeitos estão ligados à neuroplasticidade, ou seja, à capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões neurais em resposta à prática de exercícios.
Benefícios comprovados para o Parkinson precoce
Entre as vantagens observadas em pacientes diagnosticados com a doença, estão:
- Melhora no equilíbrio e na marcha;
- Redução da rigidez muscular e da lentidão dos movimentos;
- Aumento da força e da massa muscular;
- Controle da pressão arterial em repouso;
- Redução do peso corporal;
- Mais autonomia para realizar atividades do dia a dia;
- Melhora do sono e da qualidade de vida.
Intensidade e rotina recomendada
Os especialistas reforçam que os exercícios não precisam ser de alta intensidade para gerar benefícios. Tanto atividades moderadas quanto regulares já são suficientes para estimular ganhos motores e cognitivos, desde que incorporadas à rotina.
Para pacientes com Parkinson precoce, modalidades como caminhada, natação, musculação, dança e até exercícios funcionais são altamente recomendadas.
Qualidade de vida e bem-estar
Mais do que os efeitos físicos, a prática regular contribui também para o bem-estar emocional dos pacientes, reduzindo sintomas de ansiedade e depressão que podem acompanhar o diagnóstico.
Everton Raeda destaca que os exercícios representam uma ferramenta complementar essencial no tratamento:
“A atividade física tem um papel neuroprotetor e deve ser entendida como parte da estratégia para retardar a progressão da doença e melhorar a vida dos pacientes.”
Comentários:
Verdade! Eu ja retomei as minhas atividades físicas.