Erik Menéndez enfrenta novo revés em caso chocante dos anos 90

Erik Menéndez, condenado à prisão perpétua pelo assassinato brutal dos próprios pais em 1989, teve seu pedido de liberdade condicional negado nesta quinta-feira (21/08). O caso, que voltou aos holofotes após o lançamento da série documental “Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais”, segue mobilizando o público e reacendendo debates sobre justiça, abuso e herança familiar.

De acordo com o Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia, Erik permanecerá preso por pelo menos mais três anos, sem possibilidade de apelação. A decisão foi tomada com base em infrações cometidas dentro da penitenciária, incluindo supostas ligações com gangues, posse de drogas e celulares ilegais, além de envolvimento em um golpe fiscal.

A audiência de liberdade condicional do irmão, Lyle Menéndez, está marcada para esta sexta-feira (22/08). Ambos cumprem pena desde os anos 1990, após um julgamento amplamente televisionado que chocou os Estados Unidos e gerou intensa cobertura midiática.

O caso ganhou nova projeção após o sucesso da produção da Netflix, que acumulou 12,3 milhões de visualizações e entrou no Top 10 em 89 países. A trama reacendeu o debate sobre os motivos do crime: enquanto a acusação defende que os irmãos agiram por interesse financeiro na herança milionária, a defesa sustenta que o assassinato foi um desdobramento de anos de abuso sexual e psicológico por parte do pai, José Menéndez, executivo da indústria musical.

Em maio de 2024, os irmãos obtiveram uma vitória legal que flexibilizou os termos de sua pena, abrindo caminho para o pedido de liberdade condicional. Apesar disso, a justiça considerou Erik ainda inapto para reintegração à sociedade.

A narrativa trágica dos Menéndez continua dividindo opiniões, com celebridades como Kim Kardashian demonstrando apoio público à reavaliação do caso. Enquanto isso, o interesse do público permanece alto, refletido no sucesso da série e no ressurgimento do tema nos debates online.