Éden critica silêncio de ACM Neto sobre indiciamento de Bolsonaro: “Total cumplicidade”
Presidente do PT Bahia diz que silêncio de ACM Neto expõe sua posição política
Presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares criticou o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), por continuar se manter calado seis dias após a Polícia Federal revelar um golpe de Estado, que previa, inclusive, o assassinato do presidente Lula (PT) e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.
“Uma semana. 6 dias. Para ser exato, 154 horas se passaram desde que a Polícia Federal revelou a trama para dar um Golpe de Estado no Brasil e assassinar o presidente Lula, seu vice Alckmin e o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Nesse tempo – em que 37 pessoas foram indiciadas, dentre elas, o próprio Bolsonaro – um eco vai ficando para a História: o silêncio de ACM Neto”, diz o dirigente petista, e acrescenta: “Sob a suposta neutralidade, fica exposta a total cumplicidade”.
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Éden questionou como uma liderança política como ACM Neto opta pelo silêncio diante de um atentado à democracia.
“Não há espaço entre a conspiração e a Constituição. Não existe incerteza entre o conluio e a vontade popular. Se de um lado está o enredo golpista e, do outro, a integridade da Democracia, como se calar?”.
“O cálculo do ex-prefeito e do seu grupo político é baseado em uma histórica conivência com o autoritarismo, somada a doses cavalares de conveniência eleitoral. Quem acompanha a política na Bahia, desde o segundo turno de 2022 mas sobretudo nas últimas eleições municipais, sabe que não há diferença entre o 44 e o 22. Articulam, planejam, caminham juntos e formam o mesmo palanque”, emendou.
Para o petista, a falta de uma declaração de Neto expõe sua posição política em relação a Bolsonaro e ao bolsonarismo no estado.
“Portanto, o que pode parecer ser omissão de ACM Neto em relação a Bolsonaro, na verdade é compromisso. Não restam dúvidas de que o carlismo e o bolsonarismo se fundiram em uma coisa só na Bahia”.
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