“É legal, mas atrapalha”: técnico critica calendário da Copa do Nordeste e expõe dilema com outras competições
Treinador aponta sobrecarga no calendário e defende que a Copa do Nordeste seja disputada paralelamente aos estaduais, sem comprometer Brasileiro, Sul-Americana e Copa do Brasil

Com uma agenda apertada e decisões importantes pela frente, um treinador nordestino trouxe à tona uma crítica recorrente no futebol brasileiro: o descompasso do calendário nacional. Para ele, embora a Copa do Nordeste seja uma competição de grande valor, sua realização fora do período ideal traz impactos negativos para os clubes da região.
“A Copa do Nordeste é muito legal, mas desde que seja paralela ao estadual. Ainda mais enfiando em datas em que não temos o mínimo tempo de descanso para jogar as outras competições”, declarou.
O técnico ressaltou o desequilíbrio causado pelo atual cronograma. Segundo ele, a competição regional perde força quando ultrapassa os quatro primeiros meses do ano, que tradicionalmente são reservados para os campeonatos estaduais.
“Temos que fazer uma escolha, porque a Copa do Nordeste é muito legal, a maior competição da região. Mas ela perde um pouco o sentido quando não é jogada nos primeiros quatro meses do ano. Claro que é legal ser campeão.”
O treinador ainda chamou atenção para a maratona de partidas decisivas no calendário de sua equipe:
- Atlético-MG (12 de julho)
- América de Cali (15 e 22 de julho)
- Retrô (pela Copa do Brasil)
“Não podemos largar o Brasileiro, que é o que te proporcionou chegar até aqui. Sul-Americana, competição internacional. Copa do Brasil, não pode ficar fora contra o Retrô. Aí são nove ou dez jogos em 30 dias, e precisaremos escolher e fazer um planejamento dentro do que entendemos como mais importante.”
A crítica reforça uma discussão antiga: a falta de sincronia no calendário do futebol brasileiro prejudica o desempenho dos clubes em competições nacionais e internacionais, além de comprometer o bem-estar físico dos atletas.
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