Desemprego em novembro atinge 6,1%, menor taxa desde 2012

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, conforme dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE. Este é o menor índice já registrado desde o início da série histórica, em 2012, refletindo uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,4 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2023.
O número de pessoas desocupadas diminuiu para 6,8 milhões, o menor contingente desde 2014. Em relação ao trimestre anterior, 510 mil pessoas deixaram o desemprego, enquanto a comparação anual aponta para uma redução de 1,4 milhão de desempregados. Este dado marca uma recuperação significativa, com o índice de desemprego 55,6% menor do que o pico registrado durante a pandemia.
A população ocupada atingiu o recorde de 103,9 milhões de trabalhadores, indicando um aumento consistente desde o menor nível observado em 2020. No setor privado, 39,1 milhões de empregados possuem carteira assinada, enquanto o setor público alcançou 12,8 milhões de trabalhadores. O nível de ocupação também bateu um novo recorde, atingindo 58,8%.
Embora a taxa de informalidade tenha recuado ligeiramente para 38,7%, o número de trabalhadores informais permanece alto, com 40,3 milhões de pessoas nessa condição. Os trabalhadores por conta própria cresceram 1,8% no trimestre, totalizando 25,9 milhões, enquanto o número de empregados sem carteira assinada manteve-se estável.
Entre os setores que mais contribuíram para o aumento da ocupação estão a indústria, com um crescimento de 2,4%, e a construção, que registrou alta de 3,6%. A expansão do mercado de trabalho em 2024 foi destacada pelo IBGE como um reflexo tanto de empregos formais quanto informais.
Apesar do avanço no mercado de trabalho, o ritmo de criação de empregos formais desacelerou em novembro, com a geração de 106.625 vagas com carteira assinada, abaixo da expectativa. O crescimento salarial também apresentou sinais de moderação, contribuindo para o controle da inflação, mas indicando desafios para a sustentabilidade do crescimento econômico.
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