Deputado critica silêncio de Jerônimo sobre trabalho análogo à escravidão na BYD: “Não se esconda”
Trabalhadores foram resgatados pelo MPT na última segunda-feira, 23
Líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Alan Sanches (União Brasil), criticou o silêncio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em meio aos novos casos de funcionários chineses submetidos ao trabalho análogo à escravidão nas instalações da BYD em Camaçari.
“O governador, que tanto cobra um posicionamento das pessoas, agora não deve se esconder. Governador, você é o líder de um governo, você é o líder da Bahia, precisa se posicionar sobre essas coisas. Não se esconda, governador. Trate isso realmente como deve ser tratado, com a importância que precisa. Mais uma vez, o senhor se esconde dos problemas que a Bahia enfrenta”, disse Sanches.
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Os trabalhadores foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na última segunda-feira, 23, nas obras da fábrica da montadora chinesa. Na ocasião, eles foram levados para um hotel na região.
De acordo com o MPT, as condições encontradas nos alojamentos revelaram um quadro alarmante de precariedade e degradância, assim como a situação sanitária era especialmente crítica, “com apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores, forçando-os a acordar às 4h para formar fila e conseguir se preparar para sair ao trabalho às 5h30”.
“Nós não vimos em lugar nenhum uma linha do governador Jerônimo defendendo as pessoas. O direito trabalhista dessas pessoas, os direitos humanos, nós não vemos nenhum dirigente do Partido dos Trabalhadores em defesa dessas pessoas, em defesa também dos empregos aqui para os baianos”, acrescenta o parlamentar.
O líder da oposição lembrou ainda que a vinda da montadora chinesa à Bahia foi precedida por uma promessa de geração de empregos para os baianos.
“Se era para gerar emprego aos baianos, por que traz 160 chineses? E quando você traz esses chineses, você ainda dá um tratamento desumano. É dessa forma realmente que o governo acha que deve tratar as pessoas?”, questiona Sanches.
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