Cultura e história se encontram em desfile dos 267 anos de Camaçari

Fanfares, grupos culturais e manifestações populares transformaram a Avenida 28 de Setembro em palco de celebração

Bahia Política
Cultura e história se encontram em desfile dos 267 anos de Camaçari
Foto_Patrick-Abreu

A manhã deste domingo (28) foi de festa, emoção e memória em Camaçari, que celebrou seus 267 anos de emancipação política com um desfile cívico repleto de cultura, música e tradição. A Avenida 28 de Setembro (antiga Radial A) se transformou em um grande palco, reunindo bandas marciais, fanfarras, grupos culturais e apresentações artísticas que encantaram a população.

Música e emoção na avenida

A Orquestra de Metais e Percussão da Bahia (OMPB) abriu caminho para a celebração com um repertório vibrante. Entre os 85 integrantes, a jovem Laura Lima, de 15 anos, destacou a emoção de desfilar novamente:

“Sempre gostei de música e poder me apresentar é a realização de um sonho, sem contar a alegria de ver a reação positiva do público”, contou a integrante do corpo coreográfico.

Na sequência, a Banda Marcial Vila de Abrantes (Fanesva) levou disciplina e tradição para a avenida. Para o presidente da instituição, Nivanaldo Santos, o momento vai além da música:

“Trazer nossos jovens e adolescentes é uma missão, pois a cultura é uma ferramenta importante de socialização e para que sejam cidadãos de bem”, afirmou.

Também participaram da festa a Banda Municipal de Camaçari (Bamuca), a Bamaja, a Bamcemc, a Banda Estudantil de Camaçari, além da Filarmônica 28 de Setembro e grupos culturais como o Art’Vila, a Fanesp e a Fanpop.

Raízes, ancestralidade e resistência

Além das fanfarras, manifestações tradicionais deram o tom da identidade cultural da cidade. O Samba de Caboclo de Parafuso, com 13 integrantes, emocionou ao trazer um resgate histórico.

“Comemorar os 267 anos de Camaçari com o samba é valorizar a nossa ancestralidade”, ressaltou o mestre Albertino Souza.

Outro destaque foi o grupo Capoeira Ligeira, que há mais de 25 anos preserva e difunde a arte-luta brasileira. Para o Mestre Ligeirinho (Carlos de Jesus), a participação reforça a importância da capoeira como símbolo de resistência:

“É de grande importância participar deste momento significativo para a cidade, valorizando nossa cultura.”

Arte em movimento

A ala artística organizada pela Secretaria de Cultura (Secult) trouxe diversidade e ritmo com apresentações de dança e percussão. Estiveram presentes o Dança Contemporânea Ancestral, o Som do Timbal, o Grupo de Capoeira Inclusiva (GCI), a Burrinha Preciosa, o Movimento Percussivo Beira de Rua, o Flor de Lis e o Grão de Areia.

Cada batida, gesto e acorde foi recebido com aplausos e sorrisos do público, que se emocionava a cada apresentação.

Orgulho e inspiração para novas gerações

A festa foi acompanhada por famílias inteiras. A autônoma Williane Santos, de 23 anos, levou o filho Iudi, de apenas 1 ano, para prestigiar a celebração:

“É muito importante mostrar a cultura da nossa terra para meu filho, para que ele possa prestigiar esse momento fundamental da cidade.”

Já o segurança Luiz Cláudio da Silva, de 45 anos, acompanhou tudo ao lado da neta Heloísa, de 8 anos, que saiu inspirada:

“Tenho vontade de participar de uma fanfarra. Ainda não sei qual instrumento, mas acho tudo muito bonito e quero um dia poder também me apresentar”, disse a menina, com brilho nos olhos.

Cultura como memória e futuro

Para a secretária de Cultura de Camaçari, Elci Freitas, o desfile simbolizou o elo entre passado e futuro:

“É uma felicidade comemorar os 267 anos de emancipação política trazendo para a rua nossos grupos culturais. Precisamos respeitar a ancestralidade, valorizar nossa história e mostrar a cultura que queremos para as futuras gerações.”

O desfile cívico de Camaçari mostrou que a cultura é, ao mesmo tempo, memória, identidade e esperança. Um fio que une gerações e reafirma o orgulho de um povo que celebra sua história com arte, música e tradição.

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