Crise do transporte sob Bruno Reis é destaque do programa de TV de Geraldo

Um novo programa eleitoral da chapa formada pelo candidato a prefeito de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), e pela candidata a vice, Fabya Reis (PT), foi veiculado na noite desta segunda-feira (16), na TV e no rádio. A propaganda traz relatos de moradores impactados com a crise do transporte público da cidade e o depoimento de um especialista, criticando a retirada de linhas de ônibus e o gasto milionário com a implantação do BRT em regiões da cidade já atendidas pelo metrô.

De acordo com Geraldo, o fechamento do comércio em algumas regiões da cidade é uma das consequências da retirada de mais de 134 linhas de ônibus, conforme levantamento feito pelo Observatório da Mobilidade de Salvador (Obmob), entre os anos de 2020 e 2024. O emedebista, porém, garante que, em sua gestão, será diferente, pois a integração do transporte público na capital e a revitalização dos bairros serão prioridades. Uma de suas principais propostas para a área é a implantação de linhas do VLT.

“Transporte e mobilidade para as pessoas e integração para a cidade. Onde falta transporte, tem menos vida, menos atividade econômica e menos segurança. Por isso, além de garantir ônibus nos bairros, nós vamos investir em linhas do VLT para revitalizar o Centro, a Cidade Antiga e a Cidade Baixa. Um transporte sustentável, moderno e seguro. Para os moradores e turistas que visitam a nossa cidade”, diz o candidato na peça publicitária, que também será veiculada às 13h desta terça-feira (17).

A política de transporte de Bruno Reis (União Brasil), segundo o emedebista, é uma crueldade e reflete negativamente em todos os soteropolitanos, gerando o aumento de tempo perdido pelas pessoas à espera do transporte público, que tem uma das passagens mais caras do país, apesar da qualidade ruim.

De acordo com o urbanista José Lázaro Santos, esses problemas poderiam ter sido evitados, caso houvesse um planejamento estratégico na implementação das linhas do BRT. “Os recursos que foram aplicados nesses corredores podem ser investidos em outros corredores da cidade, que têm uma demanda maior de passageiros. Poderia investir nas Oscar Pontes, na San Martín e em São Rafael”, destacou o especialista.

“O BRT de Salvador é um dos mais curtos e mais caros do Brasil. A Prefeitura gastou quase um milhão de reais para construir 13,8 quilômetros. O BRT de Teresina custou 7 milhões por quilômetro. O do Rio de Janeiro, 25 milhões por quilômetro. Já o BRT de Salvador, o custo foi de 63 milhões por quilômetro”, concluiu o candidato do presidente Lula na capital baiana.