Crime chocante: Tenista é morta pelo próprio pai na Índia
Crime contra tenista Radhika Yadav levanta debate sobre violência familiar e a obsessão por sucesso no esporte na Índia

A Índia amanheceu em luto e indignação após a chocante notícia da morte da jovem tenista Radhika Yadav, de 25 anos. Considerada uma promessa do esporte, Radhika foi assassinada a sangue frio pelo próprio pai, Deepak Yadav, na cidade de Meerut, estado de Uttar Pradesh.
Segundo a polícia local, Deepak disparou cinco vezes contra a filha enquanto ela preparava o café da manhã. Quatro tiros atingiram suas costas. A jovem morreu na hora. O caso, que está sendo tratado como homicídio qualificado, comoveu o país e reacendeu o debate sobre violência contra mulheres, pressões familiares e controle parental abusivo.
Deepak Yadav confessou o crime, alegando ter sentido “vergonha” do estilo de vida da filha. “Ela não tinha sucesso financeiro e era livre demais”, teria dito em depoimento. A justificativa provocou revolta nas redes sociais, com internautas e celebridades denunciando a cultura de repressão às mulheres e a obsessão familiar por status social.
A ex-tenista estava afastada do circuito desde março de 2024, após uma lesão. Nos bastidores, planejava abrir sua própria academia de tênis, em busca de independência financeira e emocional. Amigos próximos relatam que Radhika enfrentava anos de críticas e controle por parte do pai.
Himaanshika Singh Rajput, melhor amiga da atleta, publicou um vídeo emocionado nas redes: “Ela queria apenas ser livre. O pai dela a destruiu pouco a pouco, até decidir tirá-la do mundo”.
O treinador Ankit Patel, que acompanhou parte da carreira de Radhika, relatou um cenário aparentemente diferente. “Pareciam próximos. Ele sempre a acompanhava nos torneios”. No entanto, muitos agora veem esse comportamento como um sinal de controle excessivo.
O caso chocou autoridades e ativistas. Kiran Bedi, ex-tenista e atual chefe da polícia nacional, comentou: “Esse é o retrato de um erro comum: pais que confundem investimento esportivo com posse emocional. Esporte é apoio, não cobrança cega”.
Deepak Yadav foi preso e responderá por homicídio. O crime gerou protestos em várias cidades indianas e campanhas em defesa dos direitos das mulheres e da saúde mental no esporte.
A morte de Radhika Yadav deixa uma ferida aberta na sociedade indiana. Seu talento, determinação e desejo de liberdade foram calados por uma cultura que ainda mede sucesso pelo olhar dos outros — e cobra isso das mulheres com brutalidade.
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