CPMI do INSS vai rastrear fraude de R$ 6,3 bi em aposentadorias
Comissão vai investigar esquema de R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será oficialmente instalada ainda esta semana. A iniciativa foi confirmada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A presidência da CPMI ficará com o senador Omar Aziz (PSD-AM), enquanto a relatoria será comandada pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), escolhido por seu perfil técnico e conciliador. A comissão tem como missão apurar o esquema de descontos ilegais aplicados em aposentadorias e pensões, que já somam um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Criada em junho, a CPMI aguardava apenas a indicação dos membros para ser oficialmente instalada. Serão 15 deputados e 15 senadores titulares, além dos suplentes, com distribuição proporcional entre os partidos. Já estão confirmados nomes como Coronel Fernanda (PL-MT), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Paulo Pimenta (PT-RS).
As fraudes vieram à tona em abril, após uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou o envolvimento de servidores públicos e empresas privadas no esquema.
Em nota oficial, o relator Ricardo Ayres prometeu uma condução técnica, imparcial e transparente dos trabalhos:
“Nosso compromisso é apurar com rigor todas as denúncias de irregularidades, garantindo que os culpados respondam pelo que fizeram e que os direitos dos beneficiários sejam preservados.”
A expectativa é de que os trabalhos da CPMI avancem rapidamente, com audiências públicas, convocações de envolvidos e acesso a documentos sigilosos, colocando no centro do debate nacional um dos maiores escândalos já registrados na Previdência Social brasileira.
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