Conheça o primeiro caso no Brasil de câncer raro ligado ao silicone

Especialistas alertam para câncer de mama agressivo associado a prótese de silicone; diagnóstico precoce pode salvar vidas

Brasil Notícias
Conheça o primeiro caso no Brasil de câncer raro ligado ao silicone
Foto: Reprodução/ Internet

Em um caso inédito e alarmante, o Brasil confirmou o primeiro diagnóstico nacional de um tipo raro e agressivo de câncer de mama ligado a próteses de silicone. O carcinoma espinocelular, registrado apenas 20 vezes no mundo desde 1992, foi identificado por médicos do Hospital de Amor, em Barretos (SP), e publicado no respeitado Annals of Surgical Oncology.

A paciente, uma mulher de 38 anos que usava implante mamário desde os 20, procurou atendimento médico após notar dores e inchaço em uma das mamas. Exames revelaram acúmulo de líquido e alterações na cápsula da prótese. Após biópsia, foi confirmada a presença do tumor maligno.

Apesar da retirada da prótese e da realização de mastectomia, a doença voltou com rapidez e agressividade, levando a paciente ao óbito apenas dez meses após o novo diagnóstico.

“Estamos diante de uma doença com comportamento extremamente agressivo. A detecção precoce é fundamental para aumentar a chance de sobrevida”, alerta o mastologista Idam de Oliveira Junior, líder do estudo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), os sintomas mais comuns incluem dor, inchaço e presença de líquido ao redor do implante. O risco está potencialmente associado ao uso prolongado das próteses sem substituição, o que reforça a importância do acompanhamento médico regular.

Alerta para mulheres com prótese de silicone

Com o aumento do número de mulheres com implantes mamários no Brasil, médicos destacam a necessidade de atenção redobrada a qualquer alteração nas mamas. Apesar da raridade, o carcinoma espinocelular apresenta taxas de mortalidade preocupantes: a média de sobrevida é de apenas 15,5 meses.

O estudo ainda propôs um novo sistema de estadiamento clínico e cirúrgico, essencial para guiar tratamentos eficazes. A orientação atual é realizar mastectomia total para reduzir riscos de recidiva, já que os tumores tendem a se espalhar rapidamente para pulmões e fígado.

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