“Charutinho” do CV é executado horas após deixar presídio em Salvador
Apontado como liderança do Comando Vermelho na Bahia, Kleber “Charutinho” foi morto a tiros em Feira de Santana logo após ser solto; Polícia investiga queima de arquivo

Horas depois de deixar o Presídio de Mata Escura, em Salvador, Kleber Herculano de Jesus, conhecido como “Charutinho” ou “Talibã”, foi executado com 16 tiros na noite desta segunda-feira (14/07), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. O crime aconteceu na Avenida Nóide Cerqueira, nas imediações do viaduto da BR-324.
Charutinho estava dentro de um veículo com a esposa e seu advogado quando foi interceptado por criminosos armados em um carro branco modelo Corolla, que fingiram ser policiais. Ao sair do veículo, foi alvejado diversas vezes e morreu no local. As demais pessoas que o acompanhavam não se feriram.
Segundo apurações do Informe Baiano, Charutinho era apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV) na Bahia e estava sendo investigado por tráfico internacional de drogas, com operações que partiam do Porto de Aratu, em Candeias. Ele teria envolvimento direto no envio de cocaína para a Europa por meio de lanchas e navios cargueiros.
Além do tráfico, era suspeito de ser proprietário de uma cooperativa de transporte em Candeias e manter relações com um político influente da Bahia, com possíveis vínculos com o crime organizado.
Charutinho foi preso em 20 de junho, durante uma operação conjunta entre o Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM) e a Polícia Federal, em um condomínio de luxo em Feira de Santana. Na ocasião, foi encontrado com uma pistola Glock G22, carregadores e uma caminhonete Hilux.
Fontes ligadas à segurança pública afirmam que ele mantinha ligações com um ex-policial militar conhecido como Nepomuceno, além de “Keu”, apontado como líder do tráfico na região do Tampão, em Santa Mônica.
A Polícia Civil investiga a autoria e a motivação do crime, e não descarta queima de arquivo ou retaliação interna na facção como possíveis motivações.
Comentários: