CBF qualifica mais de 100 médicos em treinamento pioneiro para emergências cardiovasculares

A CBF concluiu nesta terça-feira (12) o Treinamento em Emergências Cardiovasculares (TECA) para 105 médicos de clubes das Séries A, B, C e A1. O evento, uma iniciativa inédita no campo da medicina esportiva em nível mundial, foi realizado em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e sediado em Belo Horizonte e São Paulo (no dia 11) e Rio de Janeiro (dia 12). A atividade é parte do programa de Educação Médica Continuada da CBF em parceria com a CBF Academy-IDP.
A aplicação do Treinamento em Emergências Cardiovasculares é mais uma inovação proposta pela Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF (CMCD), a exemplo do protocolo de concussão pioneiro para uma Confederação de Futebol. O objetivo do evento é o de evitar que, durante uma partida de futebol, um atleta venha a óbito em razão de uma parada cardiorrespiratória vítima da chamada “morte súbita”.
Hoje a CBF exige nas competições que promove, por regulamento, que qualquer partida só tenha início com a presença de um Desfibrilador Externo Automatizado (DEA) no estádio. Por isso, é necessário que os médicos dos clubes envolvidos nestas competições estejam em constante reciclagem para operação do equipamento.
“Por isso essa qualificação em parceria com uma das maiores sociedades médicas do país, demostrando que as exigências que fazemos vêm acompanhadas de qualificação, para que os profissionais exerçam com melhores condições suas funções”, explicou Jorge Pagura, presidente da CMCD.
No módulo realizado no Rio de Janeiro, que fechou o treinamento na terça-feira, 35 médicos estiveram presentes, ligados a clubes ou federações do Acre, Amapá, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
A diretora-instrutora da SBC Elza Coutinho explica que um dos focos do treinamento é fazer com que os médicos que atuam no futebol estejam sempre em dia com os procedimentos de Suporte Básico de Vida: avaliar a cena do local, verificar a responsividade da vítima (se responde a algum estímulo), realizar os procedimentos de ressuscitação e, por fim, a utilização do desfibrilador.
“É fundamental saber o Suporte Básico de Vida, é o que vai manter a vítima viva até a chegada do suporte avançado, para que este seja usado de forma eficiente”, explica Coutinho. Segundo a diretora, a utilização precisa do DEA nos primeiros dois minutos eleva para 80% a chance de reverter um quadro de fibrilação ventricular, que pode levar a vítima a óbito. “O domínio disso salva vidas”, completa.
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