Carnaval fora da Barra-Ondina? Secretário de Cultura da Bahia quebra o silêncio e esclarece rumores

Bruno Monteiro nega qualquer articulação para retirar a festa do circuito Barra-Ondina e defende diálogo amplo sobre mudanças.

Carnaval fora da Barra-Ondina? Secretário de Cultura da Bahia quebra o silêncio e esclarece rumores
Fotos: Joá Souza/GOVBA

O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, negou que exista qualquer articulação para retirar o Carnaval do circuito Barra-Ondina e transferi-lo para outra região de Salvador em 2026. Segundo o gestor, rumores sobre mudanças na principal festa popular do estado não correspondem à realidade e qualquer discussão sobre o futuro do Carnaval precisa ser feita com planejamento, diálogo e participação ampla da sociedade.

“Qualquer discussão acerca do Carnaval de Salvador deve ser sempre ouvindo todos os setores envolvidos. Nenhuma decisão será acertada se for de cima para baixo”, afirmou o secretário, ao reforçar que não há definição ou proposta oficial para alteração dos circuitos tradicionais.

Diálogo com todos os setores da festa

Bruno Monteiro destacou que o Carnaval de Salvador vai muito além dos trios elétricos e dos artistas no palco. Para ele, o debate sobre possíveis ajustes na festa precisa envolver produtores culturais, artistas, trade turístico, vendedores ambulantes, catadores de materiais recicláveis, cordeiros e demais trabalhadores que fazem o Carnaval acontecer.

“O Carnaval é um momento amplo da sociedade como um todo. É uma festa que envolve cultura, economia, trabalho, identidade e cidadania”, ressaltou. De acordo com o secretário, decisões isoladas ou sem escuta coletiva não refletem a complexidade da maior manifestação cultural da Bahia.

Valorização dos circuitos tradicionais

Ao comentar os investimentos do Governo do Estado na folia momesca, Monteiro reforçou o compromisso com a valorização dos circuitos tradicionais, especialmente o Circuito Osmar (Campo Grande), que tem recebido atenção especial nos últimos anos.

“O compromisso do Governo do Estado é mais uma vez a valorização das atrações no Circuito Osmar, no Campo Grande, também como uma forma de valorizarmos esse circuito tradicional e contribuirmos para desafogar o circuito da Barra, que nós sabemos que precisa desse respiro”, explicou.

Segundo o titular da Secult-BA, fortalecer o Campo Grande não significa retirar protagonismo da Barra-Ondina, mas sim equilibrar os fluxos da festa, ampliando opções para o público e garantindo melhores condições de mobilidade, segurança e conforto.

Carnaval como política pública

Bruno Monteiro também destacou que o Carnaval é tratado pelo Governo da Bahia como uma política pública estruturante, que envolve investimentos em cultura, segurança, saúde, direitos humanos e infraestrutura. A proposta é garantir uma festa marcada pela diversidade cultural, pela proteção das pessoas e pela valorização dos trabalhadores que atuam direta e indiretamente no evento.

Nos últimos anos, o Estado tem ampliado o apoio a manifestações culturais diversas, blocos afro, afoxés, artistas independentes e iniciativas que promovem inclusão social e respeito à identidade baiana. Para 2026, a diretriz segue sendo a mesma: um Carnaval plural, democrático e seguro.

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