Carlinhos Brown defende Claudia Leitte após mudança em letra de música

Claudia Leitte tem enfrentado uma onda de críticas nos últimos dias, após remover a menção a “Iemanjá” da música “Caranguejo (Cata Caranguejo)” e substituí-la por “Yeshua”, gerando debates acalorados nas redes sociais por questões religiosas. Nesta quarta-feira (18), Carlinhos Brown saiu em defesa da cantora, rejeitando a ideia de um “cancelamento” e esclarecendo sua posição sobre a polêmica.
Em entrevista exclusiva ao iBahia, Brown comentou sobre a situação: “O gueto é uma casa laica. Todas as pessoas podem fazer suas manifestações. Quem sou eu para me meter nesta situação agora que tá todo mundo pensando que tipo de reação ter sobre uma questão dessa? É muito difícil, não queria me manifestar sobre esse assunto, é muito polêmico, eu só quero dizer o seguinte: ‘Deus está em todos os lugares’. E que a gente procure não colocar Deus e os Orixás nas nossas inconsequências”, afirmou, deixando claro que a questão deve ser tratada com mais compreensão e respeito.
A mudança na letra de Claudia Leitte não é inédita. Durante um evento em Salvador, no Candyall Guetho Square, a cantora já havia cantado “Eu canto meu Rei Yeshua” em vez de “Saudando a rainha Iemanjá”, o que gerou críticas. A polêmica se intensificou depois que o Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, fez uma declaração que, embora não citasse nomes, foi amplamente interpretada como uma crítica à artista.
Mesmo diante das controvérsias, Carlinhos Brown ressaltou que Claudia Leitte não é racista, explicando: “Eu tenho uma espiritualidade muito acentuada, mas posso te garantir que Claudia Leitte não é uma pessoa racista. A gente tem que buscar esse tom, não vi que o secretário falou, mas ele falou sobre mudar letras, e, para o povo de santo, que tem tamanha clareza, sabe que Yeshua é Oxalá. A gente não tem que estar polemizando isso”, defendeu.
Brown ainda destacou que o que realmente deveria ser criticado são músicas que desrespeitam as mulheres e perpetuam discursos negativos. “Feio são letras que detonam a mulher, inconsistentes com os desejos sociais que a gente tem. Dá licença, eu não quero me envolver em polêmica, parem de nos separar, nos dividir”, declarou, pedindo mais união e respeito. Por fim, ele concluiu: “Se ela mudou a letra, é responsabilidade dela como artista, mas imaginar que ela seja uma pessoa racista é lei do engano”.
Comentários: