Capturado! Chefão do tráfico de Camaçari é preso em Condomínio de luxo
O Fim da Linha para o Chefão da Facção MK
A Polícia Civil da Bahia, em uma operação conjunta com a Polícia Civil do Ceará, deu um duro golpe no crime organizado: Marivan Elias da Silva, conhecido como “Kila“, foi preso nesta terça-feira (24). Apontado como o chefão da facção criminosa MK, com forte atuação em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, Kila foi localizado em Fortaleza, capital do Ceará, onde vivia uma vida de luxo em um condomínio de alto padrão, utilizando documentos falsos e se apresentando como “Nicolas da Silva”.
Kila, de 39 anos, era um dos criminosos mais procurados da Bahia, ocupando a carta J de Paus no famoso Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Contra ele, havia dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Camaçari. A prisão é resultado de uma ação conjunta da 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari, da Coordenação de Operações e Inteligência da DHPP/PCBA, e das unidades DRACO e DENARC da Polícia Civil do Estado do Ceará.
Vida de Luxo e Crimes Cruéis: O Histórico de Kila
Além de ser o líder da facção MK, responsável pelo tráfico de drogas em diversos bairros de Camaçari, como Jardim Limoeiro, Gleba E e Parque Satélite, Kila é apontado como o mandante de vários homicídios na região. A investigação revelou que ele estava envolvido diretamente em dois homicídios qualificados.
Um dos crimes atribuídos a Kila é o assassinato do adolescente Filipe Oliveira Barbosa dos Santos, de 16 anos, ocorrido em 28 de janeiro de 2025, no bairro Burisatuba. A vítima teria sido morta por engano, já que o verdadeiro alvo da execução não foi encontrado. A ordem do crime teria partido de Kila e de Claudir Barbosa dos Santos, conhecido como “Hulk”, também líder da facção MK.
O outro caso chocante é o duplo homicídio de Isaque Santos da Silva e Keven Silva Moreira. Os dois foram sequestrados em 14 de dezembro de 2021 e seus corpos encontrados dias depois, em 21 de dezembro. O inquérito revelou que as vítimas foram torturadas, mutiladas e assassinadas de forma extremamente cruel, tudo por conta do furto de uma bicicleta pertencente a um membro da facção liderada por Kila e por outro criminoso identificado como “Meiquinho”.
Kila deve ser transferido para o estado da Bahia nos próximos dias para responder pelos seus crimes. A prisão representa um passo importante no combate ao tráfico e aos homicídios na Região Metropolitana de Salvador.
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