Capão in Blues: sucesso na Chapada Diamantina tem edição 2026 confirmada

O Capão in Blues 2025 encerrou sua segunda edição no último sábado, 22, com um cenário de intensa celebração cultural no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, Bahia. A praça principal ficou completamente tomada por turistas, moradores e famílias, que se reuniram para uma noite memorável de encontros musicais e alta qualidade sonora. O evento, que cresceu 50% em relação ao ano anterior, já teve sua edição de 2026 confirmada pela organização.
A atmosfera do festival, que durou três dias, transformou o centro do Vale do Capão em um grande anfiteatro natural. De acordo com estimativas da Polícia Militar, cerca de oito mil pessoas circularam pela programação, comprovando o impacto e a consolidação do evento. O público, que veio de diversas partes, lotou a área em um sentimento coletivo de pertencimento, com a música pulsando em sintonia com a energia da Chapada Diamantina.
O reconhecimento institucional do Capão in Blues foi reforçado pela presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que acompanhou discretamente parte do encerramento. Além dela, o artista plástico Sérgio Rabinovitz, criador da marca do festival, manifestou sua alegria ao ver sua arte espalhada pelo Vale do Capão, atestando a excelência musical do evento.
Encontros Musicais de Alto Nível Marcaram o Sábado
A curadoria de excelência, assinada por Eric Assmar, um dos grandes nomes do blues nacional, foi o ponto alto do Capão in Blues. A noite de sábado coroou o encerramento com apresentações de peso, reunindo grandes talentos do gênero no Brasil e no exterior.
Júlio Caldas e Lia Chaves abriram a programação final, combinando técnica e ancestralidade. Caldas apresentou faixas de seu novo álbum, Blues do Delta do Paraguaçu, em um diálogo com a musicalidade do Recôncavo Baiano, enquanto Lia cativou a plateia com sua voz forte e identitária.
Um dos momentos mais emocionantes da noite foi o encontro vigoroso entre Armandinho Macedo e o curador Eric Assmar. Os músicos transformaram o palco em um laboratório criativo onde a guitarra baiana, o frevo, o rock e o blues correram soltos. A dupla, que lançou recentemente o álbum Assmar & Osmar, emocionou o público, destacando a sintonia e a liberdade criativa que marcam suas carreiras. Armandinho dedicou depoimentos carinhosos à energia do Vale do Capão, enquanto Assmar celebrou a recepção calorosa da comunidade e dos empreendedores locais.
O encerramento ficou por conta da cantora norte-americana JJ Thames. Em um dos shows mais potentes da edição, Thames demonstrou domínio absoluto de palco, unindo soul, blues, gospel e R&B em uma performance de grande força vocal e emocional. A artista estabeleceu uma conexão imediata com a multidão, que acompanhou extasiada, confirmando JJ Thames como uma das grandes vozes do festival.
Crescimento, Transformação e Projeção para 2026
Com programação inteiramente gratuita, o festival reuniu gerações e talentos de diferentes continentes. Nomes como Rosa Marya Colin, Jefferson Gonçalves, Kasia Miernik, Alma Thomas, Tutti Frutti, Luiz Carlini, Calu Manhães e Candombá Blues Dab integraram a grade, reforçando a diversidade do evento.
Para além da música, o Capão in Blues fortalece a economia criativa, impulsiona o turismo e consolida o Vale do Capão como um importante polo cultural da Chapada Diamantina.
Ildázio Tavares Jr., idealizador do evento ao lado de José Alves, destacou que a edição de 2025 foi marcada pelo espírito de superação, mencionando os desafios climáticos e a remontagem da equipe de produção. “Conseguimos vencer”, afirmou Tavares Jr., confirmando que a edição de 2026 já está em negociação, com surpresas e o apoio de patrocinadores já encaminhados.
O Capão in Blues 2025 contou com o apoio institucional da Dax Oil e teve organização do Grupo A TARDE, A TARDE FM e Viramundo Produções. O evento também recebeu apoio da Prefeitura de Palmeiras e da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, além do patrocínio do Governo do Estado, por meio do Fazcultura.



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