Capão in Blues 2025 leva 8 mil pessoas às ruas e encerra edição histórica na Chapada
Festival cresce 50%, atrai multidão ao Vale do Capão e reúne estrelas do blues em três dias de música, encontros inesquecíveis e celebração cultural no coração da Chapada Diamantina

O Capão in Blues 2025 terminou sua segunda edição neste sábado (22) com uma cena que emocionou o Vale do Capão: a praça principal completamente tomada por famílias, turistas, moradores e apaixonados por música, todos reunidos sob o céu aberto da Chapada Diamantina. O que começou como uma tarde fria se tornou uma noite vibrante, marcada por encontros, calor humano e grandes apresentações que fizeram história.
Durante três dias, o centro do Vale se transformou em um verdadeiro anfiteatro natural. As luzes do palco e o vai-e-vem constante do público criaram um cenário mágico. Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de oito mil pessoas passaram pelo festival ao longo da programação, vindas de todas as regiões. Cadeiras de praia, casacos coloridos, crianças nos ombros e um clima genuíno de pertencimento marcaram a energia de quem viveu esta experiência única.
O evento também recebeu a presença simbólica da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que acompanhou parte do encerramento de forma discreta entre o público, reforçando a relevância cultural do festival. Outro nome importante foi o do artista plástico Sérgio Rabinovitz, criador da marca do Capão in Blues, emocionado ao ver sua identidade visual espalhada pelas ruas, palcos e pela atmosfera do Vale.
Uma noite de encontros musicais inesquecíveis
A curadoria artística, assinada por Eric Assmar, um dos grandes nomes do blues no Brasil, mais uma vez se destacou pela excelência. Depois de dois dias intensos de apresentações marcantes, o sábado trouxe as performances que coroaram a edição.
A abertura ficou por conta de Júlio Caldas e Lia Chaves, em um diálogo musical de técnica, ancestralidade e força interpretativa. Júlio apresentou faixas de seu novo álbum Blues do Delta do Paraguaçu, enquanto Lia encantou o público com a potência de sua voz, carregada de identidade e emoção.
Na sequência, a praça vibrou com o encontro entre Armandinho Macedo e Eric Assmar. O palco se transformou em um laboratório criativo, misturando guitarra baiana, frevo, rock e blues em uma sinergia arrebatadora. A apresentação celebrou o recém-lançado álbum Assmar & Osmar e emocionou profundamente o público.
O encerramento ficou por conta da norte-americana JJ Thames, que entregou um dos shows mais intensos do festival. Sua fusão de soul, blues, gospel e R&B criou uma conexão imediata com o público, que acompanhou cada nota em êxtase. A performance confirmou JJ como uma das grandes vozes desta edição.
Crescimento, integração e impacto cultural
Com programação totalmente gratuita, o Capão in Blues cresceu 50% em relação ao ano anterior, reunindo artistas que atravessam gerações e continentes, como Rosa Marya Colin, Jefferson Gonçalves, Kasia Miernik, Alma Thomas, Tutti Frutti, Luiz Carlini, Calu Manhães e Candombá Blues Dab.
O impacto do festival vai além da música: fortalece a economia criativa local, movimenta o turismo, impulsiona empreendedores e projeta o Vale do Capão como um dos principais polos culturais da Chapada Diamantina.
Organização já planeja 2026
Para Ildázio Tavares Jr., idealizador do festival ao lado de José Alves, 2025 ficará marcado pelo espírito de superação:
“Enfrentamos uma chuva imensa na quinta-feira, mas tudo floresceu na sexta. Este sábado também foi maravilhoso; o Capão in Blues nos ensina. Para 2026, já temos uma surpresa encaminhada. Foi difícil, mas remontamos a equipe e vencemos.”
Apoio e realização
A edição 2025 contou com apoio da Dax Oil, organização do Grupo A TARDE, A TARDE FM, Viramundo Produções, produção da Trevo Produções, além do apoio da Prefeitura de Palmeiras e da Secretaria de Turismo da Bahia. O festival teve patrocínio da Dax Oil e do Governo da Bahia, por meio do Fazcultura, Secult e Sefaz.



Comentários: