Capacitação para afroempreendedores de Salvador impulsiona economia criativa
A iniciativa oferece cursos gratuitos nas áreas de gastronomia, moda, bem-estar, artesanato, acessórios, arte e cultura

A Prefeitura de Salvador deu início, nesta terça-feira (19), à edição 2025 do programa Afroestima, com a aula inaugural que marcou o começo da capacitação de afroempreendedores da cidade. A iniciativa, realizada em parceria com o British Council e executada pelo Instituto IRIS, oferece cursos gratuitos nas áreas de gastronomia, moda, bem-estar, artesanato, acessórios, arte e cultura.
O evento, realizado no auditório Makota Valdina, na sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), contou com a assinatura de um aditivo ao acordo de cooperação, garantindo novos investimentos do British Council no projeto, parte do Programa Salvador Capital Afro. As aulas, que seguem até 29 de outubro, acontecerão em formato híbrido (presencial e online).
A vice-prefeita e secretária da Secult, Ana Paula Matos, destacou o papel do programa no empoderamento da população negra de Salvador e anunciou a criação de linhas de crédito específicas para fomentar o setor. “É o movimento de uma cidade que se posiciona como uma cidade antirracista e com políticas públicas eficientes. A gente precisa entender nosso papel de fomento e de capacitação, mapear os nossos valores e construir essa rede, mostrando para o mundo nosso talento”, afirmou.
A secretária da Reparação (Semur), Isaura Genoveva, e a chefe do Gabinete Salvador Capital Afro, Ivete Sacramento, também reforçaram a importância da iniciativa para a monetização da mão de obra negra na cidade e a promoção da equidade racial.
A capacitação é dividida em duas trilhas de aprendizagem: a Trilha de Incubação, para quem está começando, e a Trilha de Aceleração, para negócios já formalizados. Os cursos abordam finanças, marketing digital com inteligência artificial, identidade de marca e acesso a crédito. Um módulo exclusivo sobre amarração de turbantes será oferecido para as baianas de acarajé.
Desde 2021, o Afroestima já qualificou mais de 1.700 afroempreendedores em cinco ciclos, impulsionando a economia criativa negra e a visibilidade de negócios de bairros periféricos de Salvador.
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