CAC milionário é alvo da PF por vender fuzil a facção na Bahia
MPBA e Polícia Federal apreendem mais de R$ 380 mil em operação contra desvio de armas para o crime organizado no sul da Bahia

Uma operação de alto impacto revelou o envolvimento direto de um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) no tráfico ilegal de armas de fogo para o crime organizado. Nesta terça-feira (10), a Polícia Federal e o Ministério Público da Bahia deflagraram a Operação Desvio Bélico, focada em um homem suspeito de vender um fuzil de uso restrito a uma facção atuante em Porto Seguro e cidades vizinhas.
O investigado, que possui autorização para adquirir armamentos legalmente, é acusado de desviar armas para grupos criminosos. Durante a ação, foram apreendidos cerca de R$ 380 mil em espécie e US$ 10 mil, valores que reforçam as suspeitas de atividade ilícita de grande porte. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Praia Grande e Jarinu, no estado de São Paulo.
“O alvo usava a licença de CAC como fachada para o comércio ilegal de armas pesadas”, informaram as autoridades.
O caso ganhou destaque após a apreensão de um fuzil em dezembro de 2024, em Porto Seguro, que levou ao desdobramento das investigações. A partir dali, foi identificado o vendedor, agora alvo da operação.
A suspeita é de que o esquema tenha ramificações em outros estados brasileiros. O investigado poderá responder por crimes graves como tráfico internacional de armas, associação criminosa e comércio ilegal de armamentos, com penas que somadas ultrapassam 12 anos de prisão.
A Operação Desvio Bélico segue em andamento com objetivo de identificar outros envolvidos e possíveis conexões com o crime organizado. A investigação reforça os riscos do mau uso da autorização de CACs no Brasil e expõe as fragilidades no controle de armamentos de alto calibre.
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