Bruno Reis diz que reajuste é “maior do Brasil” e faz apelo aos professores

Por Gabriela Araújo

Em meio à greve dos professores, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou nesta terça-feira, 27, que o reajuste concedido pela prefeitura à categoria é o “maior do Brasil”. 

“A gente chega ao magistério com um ganho real de 45%, ou seja, acima da inflação do período. Vai levar a nossa folha a R$ 1,3 bilhões. […]”, afirmou o Executivo à imprensa, dentro do seu gabinete.

E emendou: “Chegamos ao limite do que era possível, fiz aqui o comparativo com as outras capitais do Brasil. Nós estamos dando o maior reajuste do Brasil, demos um reajuste maior do que foi dado pelo governo do estado e pelo governo federal. Esse é o maior reajuste que estou dando em todo o ano de prefeito”. 

O gestor municipal ainda afirma que o percentual concedido aos profissionais da educação atende ao piso nacional do Magistério. 

“Havia uma dúvida na interpretação entre a prefeitura e o Sindicato. A prefeitura interpreta, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, já transitada e julgada, que as gratificações fixas e permanentes. Os vereadores pediram para sepultar o assunto e com isso, resolvemos incorporar o piso a esses 45%. Com isso, a gente atende ao que a APLB exige, que é o pagamento do piso nos vencimentos”, disse Bruno, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, 27.

Na proposta aprovada pela Câmara Municipal de Salvador (CMS), o Executivo concede um reajuste ao magistério que varia de 6,27% a 9,25%, a depender do nível.

Comparação

Durante coletiva de imprensa, o prefeito listou o percentual pago aos professores pelas demais capitais brasileiras. 

Convido vocês da imprensa a fazerem a pesquisa. Recife deu 3% de reajuste aos professores e um abono de 3,27% em parcela única, sendo que para os demais servidores, 1,5%. Fortaleza, 4,83% a todos os servidores e 6,27% aos professores. São Paulo, 2,6% com início em 1º de maio e 2,55% a partir de 1º de maio de 2026 para os demais servidores e para os professores 6,27%. Porto Alegre, de 5,83% para todo mundo, Belo Horizonte 5,26% para os professores, Cuiabá 5,32%, Terezinha e São Luís 6,5%, Porto Velho 4,83% e os estados que já deram até agora, São Paulo 5% para todos servidores, Ceará 5,83% e Marco Grosso do Sul 5,06% para os servidores públicos estaduais”.

Greve dos professores

Os professores da rede municipal decretaram greve no último dia 6 de maio, após assembleia realizada por representantes da categoria, no bairro do Campo Grande. O grupo reivindica o pagamento do piso salarial, hoje no valor de R$ 4867,77.

Bruno Reis (União Brasil) ainda fez um apelo para que os professores retornassem às salas de aula, a fim de finalizar as paralisações. 

“Quem está sendo penalizado são as mães, que não tem como trabalhar. A gente faz um apelo para que os professores retornem à sala de aula. Fizemos a incorporação do piso e não há mais motivo para greve”, afirmou.