Bruno Reis critica governo Lula e defende saída do União Brasil da base aliada

Prefeito de Salvador afirmou que gestão petista é “ineficiente” e reforçou alinhamento político com ACM Neto

Política
Bruno Reis critica governo Lula e defende saída do União Brasil da base aliada
Foto: Valter Pontes/Secom PMS

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendeu a decisão de seu partido de deixar a base governista em Brasília. Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (4), o gestor classificou a atual administração federal como “ineficiente, sem entregas e incapaz de pacificar o país”.

“É um governo ineficiente, sem entregas, um governo muito pior que os passados, que só fez estimular o radicalismo, não teve capacidade de pacificar o país”, declarou o prefeito, ao comentar a decisão do União Brasil, que, em conjunto com o PP, oficializou a saída da base na última terça-feira (2).

União Progressista deixa a base de Lula

O movimento marca a criação da federação União Progressistas, que reúne União Brasil e PP, ambos descontentes com a condução do governo petista. A expectativa é que os ministros ligados aos partidos também deixem seus cargos em breve, reforçando o rompimento político em Brasília.

Segundo Bruno Reis, a decisão não tem relação com um possível apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hipótese levantada por parte da imprensa. Para o prefeito, o motivo principal do desembarque é a falta de espaço e de efetividade da atual gestão federal.

“Eu poderia passar a manhã toda elencando os motivos que fizeram o União Progressistas sair do governo, que não estão associados a qualquer pauta que não seja essa. Essa é a narrativa que a imprensa quer vender, mas o que motivou a saída do União Brasil, de fato, foi justamente não ter uma oportunidade de contribuir e chegar à conclusão de que o governo em vigor é incapaz de promover mudanças”, disse.

Alinhamento com ACM Neto

O prefeito de Salvador também destacou que a posição do partido segue a mesma linha de raciocínio defendida pelo ex-prefeito da capital baiana, ACM Neto (União Brasil). Ambos, segundo ele, nunca foram favoráveis à entrada do partido na base do governo Lula.

“A presença do União Brasil no governo era a lógica da Câmara e do Senado, eram indicações dos deputados e dos senadores, sempre, desde o início. Tanto eu quanto ACM Neto defendemos que o União Brasil não deveria fazer parte do governo. De um governo que nós não participamos da construção da vitória. A gente só participa de governo que a gente ajuda a construir a vitória. Então, a posição de Neto é a mesma desde sempre”, afirmou Bruno Reis.

União Progressista e coerência política

Ainda durante o evento de entrega de novas unidades habitacionais e de um Ecoponto no bairro do Mané Dendê, em Salvador, o prefeito avaliou que a criação da federação União Progressista foi uma consequência natural do descontentamento crescente dentro dos partidos.

“O gestor pontuou que a União Progressista nasce dos filiados ao PP que estavam descontentes com os rumos escolhidos pelo governo Lula. Diante do péssimo desempenho do governo, os demais, que eram maioria, se convenceram. E aí, aqueles que se tornaram minoria permitiram que prevalecesse a tese que nós sempre defendemos”, destacou.

Para Bruno Reis, a decisão representa a manutenção da coerência política. “Estamos mantendo a nossa coerência, a nossa posição, que não é de agora, é desde sempre. E que não deveria nem sequer ter assumido”, concluiu o prefeito.

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