Bruno Reis critica APLB após suspensão de votação do reajuste salarial dos professores em Salvador
Prefeito acusa sindicato de interferência política e defende que capital concedeu “o maior reajuste do Brasil” à categoria

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), criticou duramente a atuação da APLB Sindicato após a suspensão da votação do projeto de reajuste salarial dos professores na Câmara Municipal de Salvador (CMS). A proposta, prevista para ser apreciada na última quarta-feira (24), foi retirada de pauta a pedido do presidente estadual da entidade, Rui Oliveira, devido a um impasse em torno das emendas do texto.
Durante entrevista coletiva no evento de lançamento do Natal Luz Salvador 2025, Bruno classificou a decisão como irresponsável.
“É uma irresponsabilidade, para ser mediano nas palavras, o que está sendo feito”, declarou o prefeito, apontando suposta interferência de questões políticas ou orientações partidárias.
Prefeito diz que acordo foi cumprido
Segundo o gestor, todo o acordo firmado entre a Prefeitura e o sindicato havia sido cumprido. Ele criticou a postura da APLB estadual, lembrando que a categoria realizou uma greve de 73 dias em 2025.
“O que nós nos comprometemos, está totalmente cumprido. Se não há cumprimento do acordo, é por parte da APLB estadual, que já levou esse ano uma greve irresponsável, sem qualquer justificativa”, afirmou.
Bruno também ressaltou que os professores da capital baiana receberam o “maior reajuste do Brasil”. De acordo com ele, a média salarial da categoria em Salvador chegou a R$ 10,2 mil após o reajuste de 13,68%.
“Esse projeto que está aí já são outros benefícios que nós aceitamos conceder. Não há justificativa, se há descumprimento é por parte da APLB estadual, que, por influência política ou partidária, quer comprometer mais uma vez o futuro das nossas crianças”, completou.
Impasse continua
Com o adiamento da votação, o futuro do projeto segue indefinido, reacendendo o clima de tensão entre Prefeitura e sindicato. Enquanto Bruno Reis acusa a APLB de atuação política, a entidade alega que apenas busca resguardar os direitos dos professores.
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