Brasil bate recorde no Mundial de Natação Paralímpica 2025
Mariana Gesteira conquista ouro e leva Brasil ao 6º lugar no Mundial de Natação Paralímpica 2025, superando desempenho de Paris 2024

O Brasil encerrou, neste sábado (27), sua participação no Mundial de Natação Paralímpica 2025, realizado em Singapura, com um resultado histórico: 39 medalhas no total, sendo 13 ouros, 16 pratas e 10 bronzes. É o maior número de pódios do país em uma edição de mundial, superando inclusive a campanha nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 (26 medalhas).
Com essa performance, o país termina o evento na quarta colocação geral, atrás de Itália, Estados Unidos e China, e projeta um futuro promissor para Los Angeles 2028.
Estrelas veteranas e estreantes brilharam
Mariana Gesteira conquista tricampeonato
A fluminense Mariana Gesteira foi um dos grandes nomes do evento. No último dia de disputas, ela venceu os 50m livre S9, com seu melhor tempo da vida (27s60), conquistando o tricampeonato mundial nessa prova. Ela ainda levou ouro nos 100m costas e prata nos 100m livre.
“Ainda não acredito. Dei meu máximo, foi no detalhe. Trinquei os dentes e fui”, disse emocionada após a vitória.
Gabriel Bandeira: prata com sabor de ouro
O paulista Gabriel Bandeira também se destacou com a prata nos 100m borboleta S14, em uma prova decidida por apenas oito centésimos de segundo. Ele fechou com o tempo de 54s40, apenas atrás do britânico William Ellard.
“Foi a prova que mais treinei. Agora é mirar no ouro em 2026”, disse o nadador.
Novas promessas já fazem história
A renovação da equipe brasileira também foi um diferencial:
- Alessandra Oliveira, 17 anos, venceu os 100m peito SB4 e quebrou o recorde mundial.
- Beatriz Flausino, 21 anos, conquistou ouro nos 100m peito S14 e bateu o recorde das Américas.
- Mayara Petzold, em seu primeiro mundial, conquistou o bronze nos 50m borboleta S6, repetindo o pódio de Paris.
Revezamentos de ouro
O Brasil ainda brilhou nas provas coletivas com dois ouros:
- 4×50 medley 20 pontos
- 4×100 medley 49 pontos
As conquistas contaram com estreantes como Mayara Petzold e Alessandra Oliveira, mostrando a força da nova geração da natação paralímpica brasileira.
Desempenho superou expectativas
Segundo Jonas Freire, diretor de alto rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro, o Brasil atingiu todos os objetivos traçados:
“Foi o Mundial mais forte que já acompanhei. Saímos de Singapura com 39 medalhas e com a certeza de que estamos no caminho certo para Los Angeles 2028.”
Resultados brasileiros no último dia
- Ouro: Mariana Gesteira (50m livre S9)
- Prata: Gabriel Bandeira (100m borboleta S14)
- Bronze: Mayara Petzold (50m borboleta S6)
- Outros resultados:
- Arthur Xavier – 5º (100m borboleta S14)
- Ana Karolina Soares – 8º (100m borboleta S14)
- Lídia Cruz – 4º (200m livre S4)
- Patrícia Pereira – 5º (200m livre S4)
- Matheus Rheine – 5º (400m livre S11)
- Samuel Oliveira – 8º (100m livre S5)
- Gabriel Melone – 7º (50m borboleta S6)
Perspectivas para Los Angeles 2028
Com veteranos em alta performance e novos talentos surgindo com força total, o Brasil se firma como uma potência na natação paralímpica mundial.
“Alguns bateram recordes, outros alcançaram suas melhores marcas. O ciclo até 2028 começa com força total”, conclui Jonas Freire.
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