Bolsonaro se divide entre Flávio e Tarcísio para 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em um dilema político, dividindo seu apoio para as eleições de 2026 entre dois potenciais candidatos: seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A indefinição ocorre em meio à sua condição de inelegibilidade até 2030, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar de ser a principal figura da direita nacional, o ex-presidente tem dado sinais trocados aos seus aliados sobre quem de fato receberá seu endosso para a disputa ao Palácio do Planalto. Em algumas conversas, Bolsonaro teria indicado preferência pelo nome do “filho 01”, Flávio Bolsonaro. Contudo, em outros momentos, não descartou publicamente o apoio a Tarcísio de Freitas, conforme relatado pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
Ambos os nomes, contudo, já manifestaram publicamente em entrevistas recentes o desejo de buscar a reeleição em seus respectivos cargos. O senador Flávio Bolsonaro planeja se manter no Senado Federal, enquanto Tarcísio de Freitas tem como meta a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Para acatar a vontade do ex-presidente e se lançarem na corrida presidencial, ambos teriam que abrir mão de seus projetos pessoais de continuidade nos executivos e legislativos estaduais.
STF mantém condenação de Bolsonaro em recurso
A indefinição sobre o sucessor de Bolsonaro em 2026 coincide com um revés judicial para o ex-presidente. Na última sexta-feira, 7 de novembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou unanimidade para rejeitar o recurso apresentado pela defesa de Jair Bolsonaro. A decisão unânime mantém a condenação do ex-presidente por sua participação na trama que visava a execução de um golpe de Estado.
O relator do processo na Primeira Turma, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar pela rejeição do recurso da defesa. Em seguida, o ministro Flávio Dino seguiu a mesma linha, votando pela manutenção da condenação.
A maioria foi formada após o voto do ministro Cristiano Zanin, que também se posicionou pela rejeição. A unanimidade foi fechada com o voto da ministra Cármen Lúcia. O ministro Luiz Fux, que fez parte da Primeira Turma durante o julgamento da trama golpista, havia solicitado mudança de colegiado ao presidente do STF, Edson Fachin, e, portanto, não participou do julgamento dos recursos do ex-presidente.



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