Bolsonaro passa por perícia médica determinada pelo STF
Perícia médica determinada por Alexandre de Moraes vai avaliar pedido urgente da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) realiza nesta quarta-feira (17), em Brasília, uma perícia médica que vai definir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser submetido a um novo procedimento cirúrgico. O exame ocorre na sede do Instituto Nacional de Criminalística e foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão do magistrado ocorreu após a defesa de Bolsonaro solicitar autorização para a realização urgente de cirurgia no Hospital DF Star. Segundo Moraes, os laudos apresentados eram antigos, o que motivou a exigência de uma avaliação oficial conduzida por peritos da Polícia Federal.
No último domingo (14), Jair Bolsonaro passou por exames de ultrassonografia na Superintendência da PF, em Brasília, local onde está preso. Conforme os documentos enviados ao STF, os médicos identificaram a presença de duas hérnias inguinais e recomendaram intervenção cirúrgica.
Em despacho, Alexandre de Moraes determinou o envio de todos os exames e laudos aos peritos responsáveis, que realizariam a perícia nesta quarta-feira. Com base no resultado, o ministro decidirá se o ex-presidente terá autorização para realizar o procedimento médico solicitado.
Bolsonaro enfrenta problemas de saúde recorrentes desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, ele já passou por diversas cirurgias e tratamentos relacionados a complicações intestinais, além de crises frequentes de soluço. Entre os procedimentos avaliados agora estão a correção de hérnias inguinais bilaterais e o bloqueio anestésico do nervo frênico.
Apesar do pedido da defesa, o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República, afirmou que o pai apresenta bom estado de saúde. Segundo ele, Bolsonaro não teve crises de soluço durante visita realizada na última segunda-feira (15/12).
Jair Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde 22 de novembro. Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão. Antes da detenção, cumpria prisão domiciliar desde o início de agosto.
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