Bolsonaro e filho são indiciados pela PF; entenda
PF vê organização criminosa em ação da Abin no governo Bolsonaro e aponta 35 indiciados

A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e mais 32 pessoas em um inquérito que apura o uso ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para fins de espionagem clandestina durante o governo do ex-presidente.
Segundo o relatório da PF, Bolsonaro sabia e se beneficiava diretamente do esquema, que incluía monitoramento ilegal de autoridades públicas, jornalistas e opositores.
Como funcionava o esquema
De acordo com a investigação, a rede criminosa era composta por policiais, servidores e funcionários da Abin, que invadiam celulares e computadores de forma clandestina. O objetivo era monitorar adversários políticos e influenciar decisões estratégicas de forma oculta.
Quem operava o sistema
O deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e próximo de Bolsonaro, teria sido um dos principais articuladores do sistema de espionagem, segundo os investigadores. Luiz Fernando Corrêa, atual diretor da Abin, também foi indiciado, acusado de obstrução de Justiça ao tentar dificultar as apurações.
Quem eram os alvos da espionagem ilegal
Entre as pessoas monitoradas ilegalmente estavam:
- Ministro Alexandre de Moraes, do STF
- Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara
- Renan Calheiros (MDB-AL), senador
- Jornalistas e autoridades do Executivo e Legislativo
O que pode acontecer agora
O inquérito será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros vão decidir se recebem a denúncia. Caso condenados, os indiciados podem responder por organização criminosa, violação de sigilo, invasão de dispositivo informático e obstrução de Justiça, entre outros crimes.
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