Black Friday ou Black Fraude? Especialista alerta para golpes e ensina como comprar sem cair em ciladas
Com consumidores mais vulneráveis e criminosos mais sofisticados, especialista reúne cinco dicas essenciais para evitar fraudes nesta Black Friday.

A tão aguardada Black Friday começou oficialmente nesta sexta-feira (28), trazendo milhões de consumidores em busca de promoções — e, ao mesmo tempo, atraindo golpistas que se aproveitam do grande volume de compras e do comportamento impulsivo típico da data. A preocupação não é exagero: segundo levantamento do Reclame AQUI, 63% dos brasileiros não sabem identificar quando uma oferta é falsa, e apenas em 2024 foram registradas mais de 14 mil reclamações relacionadas a fraudes durante o período promocional, o maior número da história.
Além disso, a escalada de crimes digitais preocupa especialistas. De acordo com dados da ClearSale, mais de 1,2 milhão de tentativas de fraude em compras online foram registradas no período de descontos de 2024. Já o Mapa da Fraude da Konduto revelou que 1 a cada 30 pedidos virtuais apresentou algum indício de irregularidade, mostrando que o risco é real — e crescente.
Para o especialista em segurança da informação Amador Neto, os golpes evoluíram e estão cada vez mais sofisticados. Criminosos utilizam páginas idênticas às de grandes varejistas, criam perfis falsos nas redes sociais, investem em anúncios patrocinados e aplicam técnicas avançadas de phishing para capturar dados pessoais e bancários. Ele alerta que URLs muito parecidas com as originais, ausência de canais de atendimento oficiais e preços muito abaixo do normal estão entre os principais sinais de alerta — pontos destacados também por órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP.
Nesse contexto, ferramentas digitais se tornam grandes aliadas dos consumidores. Plataformas como Zoom e Reduza permitem acompanhar o histórico de preços e identificar se a oferta é realmente vantajosa, enquanto o Site Confiável ajuda a conferir rapidamente se uma loja virtual apresenta algum indício de risco. Diante desse cenário, Amador Neto reuniu cinco atitudes essenciais para evitar golpes e garantir compras realmente seguras.
5 atitudes essenciais para não cair em golpes na Black Friday
1. Verifique o domínio do site e consulte avaliações
Alterações discretas no endereço — como inclusão de letras extras, números ou trocas sutis — são estratégias comuns de golpistas. Além disso, vale sempre pesquisar opiniões de outros consumidores em plataformas como Reclame AQUI.
2. Evite compras feitas por links enviados por desconhecidos
Golpistas usam mensagens, anúncios suspeitos e perfis falsos nas redes sociais para direcionar usuários a páginas fraudulentas criadas especialmente para a Black Friday.
3. Desconfie de ofertas muito abaixo do preço de mercado
Se a promoção parece boa demais para ser verdade, provavelmente é. Usar comparadores de preço ajuda a identificar possíveis fraudes.
4. Prefira meios de pagamento que ofereçam proteção
Cartões de crédito permitem contestar cobranças indevidas e solicitar estorno. Já transferências bancárias e PIX deixam o consumidor mais vulnerável em caso de golpe.
5. Mantenha seu dispositivo protegido
Um antivírus atualizado ajuda a bloquear acessos maliciosos, sites perigosos e tentativas de phishing — cada vez mais comuns nesta época do ano.
Com golpistas agindo de forma cada vez mais organizada, consumir com segurança é tão importante quanto encontrar boas ofertas. A Black Friday pode ser uma ótima oportunidade de economia, mas somente quando o consumidor adota medidas simples de proteção digital. Segundo Amador Neto, atenção e checagem são as melhores armas para não transformar o dia de promoções na temida “Black Fraude”.



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