Bahia lidera disparada no consórcio de carros e motos em 2025
Estado registra maior crescimento do país na venda de cotas para automóveis e tem quinta maior alta no segmento de motocicletas, puxado por taxas mais acessíveis

A Bahia liderou o crescimento nacional nas vendas de consórcios de automóveis no primeiro trimestre de 2025, com um salto de 52,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), o número de cotas vendidas no estado passou de 25.317 para 38.708 nos três primeiros meses do ano, superando a média nacional.
Outro destaque foi o segmento de motocicletas, que registrou alta de 26,2%, com 42.801 cotas comercializadas no mesmo período — quinta maior variação do país. A expansão dos consórcios na Bahia reflete um cenário de migração para modalidades com custos menores, em razão dos juros elevados nos financiamentos bancários tradicionais.
“O aumento na procura por consórcios revela que mais pessoas estão encontrando nesse modelo uma alternativa viável para realizar sonhos de forma acessível e organizada”, afirma Gabriela Nóbrega, Analista de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Nordeste.
Com parcelas mais acessíveis e sem incidência de juros, os consórcios têm atraído especialmente quem busca comprar o primeiro bem ou expandir o patrimônio de maneira planejada. E as cooperativas de crédito, como o Sicredi, têm ganhado espaço nesse cenário.
O Sicredi, sétima maior administradora de consórcios do país, viu o volume de créditos comercializados na Bahia subir de R$ 18,3 milhões em março de 2024 para R$ 30,5 milhões em março de 2025 — um crescimento de 66%.
A instituição atribui esse desempenho a uma combinação de fatores econômicos e condições mais atrativas: enquanto a média da taxa de administração no mercado é de 15,16%, o Sicredi oferece 9,54% para consórcios de automóveis.
No Nordeste, a cooperativa também cresceu: o volume total da carteira administrada nos nove estados da região atingiu R$ 1,79 bilhão no 1º trimestre, alta de 61,8%.
Além das taxas menores, campanhas promocionais e benefícios para associados ajudam a tornar o modelo ainda mais atrativo. “Temos buscado oferecer soluções que ampliem o acesso da população a esse modelo de aquisição”, completa Gabriela.
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