Bahia celebra 202 anos do Dois de Julho com festa, segurança reforçada e presença de Lula

A Bahia celebrou nesta quarta-feira (2) os 202 anos da Independência da Bahia com o tradicional e emocionante cortejo do Dois de Julho em Salvador, que reuniu milhares de pessoas nas ruas da capital. Ao nascer do sol, o Largo da Lapinha já estava tomado pelo público, demonstrando o orgulho, a resistência e a memória viva do povo baiano.

O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de autoridades estaduais e federais. As primeiras-damas Janja da Silva e Tatiana Velloso também participaram da celebração.

“O Dois de Julho representa muito mais do que uma data no calendário. É nossa história e nossa identidade. Agora, como governador, quero fortalecer esse sentimento, levando o significado do Dois de Julho para dentro das escolas”, destacou Jerônimo durante a abertura do cortejo, que começou com o hasteamento das bandeiras ao som do Hino Nacional.

Ao longo do trajeto, famílias inteiras, muitas vestidas de branco, azul e vermelho, acompanharam os carros alegóricos, as fanfarras escolares e as tradicionais filarmônicas. Foram 154 escolas da rede estadual, entre capital e interior, que participaram do desfile como parte do Projeto Fanfarras Escolares.

Na área cultural, a Secult-BA, por meio da Fundação Cultural, garantiu a presença de 10 filarmônicas no cortejo, com auxílio financeiro para o transporte das bandas, que vieram de diversas regiões do estado.

A segurança também foi prioridade. Mais de dois mil agentes das forças de segurança atuaram na operação, coordenada pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que envolveu o uso de câmeras de reconhecimento facial, drones e monitoramento em tempo real. O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, destacou o objetivo de garantir um evento seguro e tranquilo. “Queremos repetir o sucesso do ano passado, quando nenhum crime grave foi registrado”, afirmou.

Para a população, o Dois de Julho é mais do que festa. É memória e orgulho. “Não sou de Salvador, mas me sinto pertencente. Essa data representa a libertação e a força do povo baiano”, disse Rosane Pacheco, que há 40 anos acompanha o desfile.

O Dois de Julho, também conhecido como a verdadeira independência do Brasil, segue como um dos eventos cívicos mais importantes do país, reafirmando o papel da Bahia na construção da soberania nacional.