Audiência Pública debate a inclusão do gospel nos eventos culturais de Salvador

Salvador vai sediar, na próxima segunda-feira (20), às 18h, uma audiência pública para debater o tema “O Espaço da Música Gospel na Cultura Soteropolitana”. O evento, realizado pelo Vereador Cezar Leite (PL), ocorrerá no auditório do Centro Cultural da Câmara Municipal.
Um dos pontos que serão abordados no encontro, é a necessidade do diálogo com o poder público por uma maior inclusão do segmento gospel nas programações culturais oficiais da cidade. Cezar Leite, que também é autor da Lei de Combate à Cristofobia aprovada na Câmara, defende a causa.
“Este diálogo é fundamental para reconhecer a força do segmento gospel em Salvador. Eu tenho me colocado à disposição para ajudar este seguimento a lutar pela sua participação nas programações culturais da cidade. Um gênero musical que é a preferência do povo não pode, de forma alguma, ficar fora da pauta cultural”, afirmou o parlamentar.
A demanda por mais espaço não é nova. Produtores do setor já relataram dificuldades em realizar eventos devido à falta de investimento público, argumentando que a comunidade evangélica também tem direito ao lazer e ao entretenimento.
Participante confirmado no evento, o Maestro Neemias Couto, líder do Coral Evangélico de Salvador, destacou o papel do gênero musical.
“É importante destacar que a música gospel exerce forte influência espiritual na vida de milhares de soteropolitanos. Salvador, cidade com intensa religiosidade cristã, vê na música gospel uma forma de louvor e de aproximação com o sagrado. Nessa audiência pública teremos a oportunidade de lutar pelo nosso espaço, e cobrar dos nossos governantes a participação desse seguimento nos eventos da cidade”, declarou o músico.
Dados da pesquisa Cultura nas Capitais, divulgados no primeiro semestre de 2025, apontam a música gospel como a preferida de 28% dos moradores de Salvador. O gênero lidera a preferência local, superando a MPB (24%) e outros tradicionalmente associados à cidade, como o pagode (19%) e o sertanejo (19%). O axé e o samba-reggae, marcas registradas da identidade cultural soteropolitana, não aparecem no levantamento.
Foto: Antônio Queirós | CMS
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