Ato em Salvador protesta contra feminicídio e violência de gênero

Ato “Mulheres Vivas” reuniu manifestantes na orla da Barra e denunciou a violência de gênero após casos recentes na Bahia

Ato em Salvador protesta contra feminicídio e violência de gênero
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (14), em Salvador, para participar do ato “Mulheres Vivas”, uma mobilização nacional que pede o fim do feminicídio e da violência contra as mulheres. O grupo percorreu a orla da Barra, em caminhada que saiu do Cristo e seguiu até o Farol, chamando a atenção de quem passava pelo local.

A manifestação ocorreu em diversas cidades do país, impulsionada pela repercussão de casos recentes de violência extrema contra mulheres. Na Bahia, um dos episódios que geraram maior comoção foi o assassinato de Rhianna Alves, mulher trans morta após sofrer um golpe conhecido como “mata-leão”, aplicado por um motorista por aplicativo.

Com faixas, cartazes e camisetas, os participantes exigiram justiça para as vítimas, punição rigorosa aos agressores e o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência de gênero. O protesto também reforçou a importância da conscientização e da prevenção, destacando que a violência contra a mulher é um problema estrutural e persistente.

De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), entre janeiro e 8 de dezembro de 2025, o estado registrou 97 casos de feminicídio. Salvador lidera o ranking entre os municípios baianos, com 10 ocorrências, seguida por Feira de Santana, com cinco casos, e Camaçari, com quatro.

Pela legislação brasileira, o feminicídio é caracterizado como o homicídio de uma mulher motivado por questões de gênero, incluindo violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação, com penas que variam de 20 a 40 anos de prisão.

Medidas protetivas e canais de denúncia

Especialistas e ativistas reforçam que mulheres não precisam ser vítimas de um crime consumado para solicitar medidas protetivas. Situações como perseguição, ciúmes excessivos, controle financeiro ou ameaças já justificam o pedido de proteção.

A solicitação pode ser feita em qualquer delegacia, na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), pelo site da Delegacia Eletrônica ou pelo telefone 197. O pedido é encaminhado ao Judiciário, que deve analisá-lo em até 48 horas.

O descumprimento de medidas protetivas é considerado crime e pode resultar em novas sanções ao agressor. A orientação é que as vítimas denunciem imediatamente qualquer violação, buscando apoio das autoridades competentes.

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