Após roubo histórico, Museu do Louvre reabre ao público

Diretora do museu presta depoimento no Senado após furto de €88 milhões em peças raras; investigação levanta hipóteses de cúmplices internos

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Após roubo histórico, Museu do Louvre reabre ao público
Foto: Internet/ Péter Horváth

Três dias após um assalto cinematográfico que abalou o mundo da arte, o Museu do Louvre reabriu suas portas ao público nesta quarta-feira. No entanto, a prestigiada galeria Apolo, de onde foram roubadas preciosidades do século XIX, permanece interditada.

O roubo de joias no Museu do Louvre ocorreu no último domingo e causou um prejuízo estimado em €88 milhões (R$ 550 milhões), sem considerar o valor histórico inestimável das peças. O crime levantou sérias preocupações sobre a segurança da instituição mais visitada do mundo, que recebeu 9 milhões de visitantes em 2024.

Entre os objetos levados estão a tiara da imperatriz Eugênia, com quase 2.000 diamantes, e o colar de safiras de Maria Amélia e Hortênsia de Beauharnais, todas relíquias da monarquia francesa.

Nesta manhã, a diretora Laurence des Cars compareceu ao Senado francês para responder às duras perguntas da Comissão de Cultura e da ministra da Cultura, Rachida Dati, sobre as falhas na segurança. Segundo Dati, o sistema interno funcionou corretamente, mas a vulnerabilidade estava no entorno do prédio, por onde os criminosos conseguiram instalar um elevador de carga e acessar uma janela.

Fontes revelaram que a diretora teria oferecido sua demissão, prontamente recusada após o apoio público do presidente francês, Emmanuel Macron. A investigação ainda está em andamento, com a promotora Laure Beccuau revelando que quatro criminosos participaram do roubo, que pode ter envolvido uma rede de apoio e até cúmplices internos.

A procuradoria confirmou que o equipamento usado na invasão foi alugado com documentos falsos, em nome de uma mudança fictícia. Um funcionário da empresa de aluguel relatou ter sido intimidado por dois homens durante a entrega do equipamento.

Internamente, os sindicatos do Louvre protestam contra a redução do efetivo de segurança, apontada como uma das causas da vulnerabilidade. Um relatório do Tribunal de Contas já havia alertado para atrasos na modernização do sistema de proteção das obras.

A investigação segue sem a localização dos ladrões ou das joias roubadas, enquanto a reputação do Louvre e a segurança de museus ao redor do mundo entram em debate.

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