Após polêmica sobre trabalho escravo no Carnaval, sindicato defende fiscalização do Ministério do Trabalho
Prefeito de Salvador insinuou que a atuação do MTE foi motivada por viés político

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait DS/BA) emitiu uma nota de repúdio contra as declarações do prefeito Bruno Reis (União Brasil) que associou o trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a um partido político.
Em nota, a entidade diz que a fiscalização da auditoria-fiscal do trabalho “não pode ser politizada e desonrada por qualquer agente político que, na ocasião adversa, não percebe o erro e parte para o ataque”.
Durante coletiva de imprensa, o gestor da capital baiana criticou a notificação da pasta que apontou uma exploração de trabalho análogo à escravidão dos vendedores ambulantes no Carnaval da cidade.
“Essa é uma insinuação irresponsável. O Ministério do Trabalho, que é um Ministério petista, estão há quase 20 anos no poder quando você soma desde 2002 para aqui, junto com o governo do Estado. E o que eles fizeram nesses 20 anos para ajudar um ambulante no Carnaval de Salvador ou qualquer evento do Brasil? Nada!”, afirmou Bruno na última quinta-feira, 13.
Em contrapartida, o sindicato reforçou a importância do trabalho da auditoria, que segundo a entidade, preza pelo bem-estar do trabalhador.
“Toda ação fiscal é respaldada em critérios estritamente técnicos e legais por meio de investigação documental e in loco, primando por garantir a todo trabalhador os direitos essenciais de cidadania, dignidade, bem-estar e segurança no trabalho”.
“A fiscalização não pode ser atacada por fazer o que é obrigada a fazer: fiscalizar. Fiscalizar e contribuir para um ambiente de trabalho mais digno para todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis”, acrescentou.
Comentários: