Após 30 anos, Nagem encerra atividades em shoppings de Salvador

A tradicional rede de eletrônicos e informática Nagem, com mais de três décadas de atuação no mercado, encerrou suas atividades nas três unidades que mantinha em shoppings da capital baiana. O fechamento atinge as lojas localizadas no Shopping Paralela, Shopping Bahia e Shopping Salvador, reforçando a crise enfrentada pelo varejo físico diante do avanço do comércio eletrônico e dos altos custos de operação.
Com forte presença no Nordeste, a decisão da Nagem sinaliza um movimento de retração do comércio de eletrônicos nos grandes centros de compras de Salvador.
Retirada Estratégica: O que diz a empresa
Embora a Nagem não tenha divulgado uma nota oficial detalhando os motivos específicos para o fechamento das lojas nos shoppings, uma verificação no site oficial da rede confirma a movimentação. De acordo com a empresa, ainda há uma unidade em funcionamento na capital baiana, dedicada à logística e distribuição, localizada na região de Porto Seco Pirajá.
O encerramento das operações nas áreas de grande fluxo de consumidores evidencia as dificuldades enfrentadas pelas lojas físicas. Analistas de mercado apontam dois fatores principais para essa crise: a concorrência acirrada das lojas on-line, que conseguem praticar preços mais competitivos devido à menor estrutura de custos, e os altos valores cobrados pelo aluguel e condomínio nos centros comerciais de Salvador.
Presença da Nagem no Brasil
A Nagem não limitou seus cortes apenas à Bahia. Além do fechamento das lojas nos shoppings de Salvador, a empresa também desativou espaços comerciais que mantinha nos estados do Pará e Maranhão.
Historicamente forte no Nordeste, a rede ainda mantém operações em outros seis estados da região, com a maior concentração de suas unidades em Pernambuco, onde está sediada. A Nagem também possui atuação no estado de São Paulo.
A saída de uma empresa com a relevância e o tempo de mercado da Nagem dos principais shoppings de Salvador serve como um indicador nítido da mudança no comportamento de consumo e dos desafios logísticos e financeiros que o varejo tradicional está sendo forçado a enfrentar no cenário econômico atual. A migração para o digital continua sendo um dos maiores desafios para as companhias que dependem de pontos de venda físicos.



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