Aliado do governo nas eleições, PSOL critica segurança publica e pede exoneração do comandante-geral da PM
“Nunca a Bahia esteve tão entregue ao crime organizado”, diz a nota
O PSOL, que se aproximou do governo Jerônimo (PT) nas eleições de 2022 e apoiou o nome do prefeito eleito de Camaçari, no 2° turno eleitoral, divulgou uma nota criticando q segurança pública da Bahia.
O comunicado foi aprovado pela Executiva estadual do partido, na última sexta-feira, 29. Na mensagem, a sigla pede a exoneração do comandante-geral da Polícia Militar (PM), Coronel Paulo Coutinho.
“Exigimos a exoneração do Comandante da Polícia militar do Estado da Bahia. Comandante esse responsável direto pela atuação da força policial no Estado, pelos índices alarmantes das taxas de homicídios no Estado, do avanço do crime organizado no Estado da Bahia, pela inércia de atuação combate ao crime que se espalhou pelo Estado e se nada for feito, num momento não muito distante, o poder público terá perdido o controle total da segurança. Comandante esse que, mesmo sob a política de um mesmo grupo político, conseguiu apresentar dados piores do que o comandante anterior”, diz trecho da mensagem.
A legenda, que abriga o segundo candidato mais votado para a prefeitura de Salvador, Kleber Rosa, também criticou a declaração do governador Jerônimo que comparou a crise da violência na Bahia com uma “gripezinha”.
“Nunca a Bahia esteve tão entregue ao crime organizado, que encontra terreno fértil num estado que possui uma onda crescente de desemprego, sucateamento das políticas públicas, e desamparo social, e enquanto isso, o governo diz que todo caos não passa de ‘uma gripezinha”, diz outro trecho da nota.
O partido também pede a exoneração do alto escalão da Polícia Civil. A sigla afirma que o modus operandi da corporação se resume a “porrada, bomba e bala”.
“Temos um comando da Polícia Militar que permanece atuando por suas articulações políticas e pelo uso excessivo da força policial pra combater o povo pobre, preto, e não o crime organizado. Um comando da Polícia Civil que se resume a inaugurações de unidades policiais e operações pirotécnicas. As cúpulas das instituições policiais usando os mesmos métodos nos últimos 18 anos: Porrada, bomba e bala!”, diz a nota.
“É preciso reagir e agir, para não lamentarmos depois e nem deixarmos para efetuarmos mudanças num logo processo eleitoral um pouco mais adiante”, diz a nota, que cobra ainda a desmilitarização das escolas como passo importante para garantia do Estado Democrático de Direito sem a perspectiva autoritária e violenta”, acrescenta o documento.
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