“Ainda Estou Aqui” recebe prêmio internacional inédito no Chile

O longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, conquistou neste sábado (27/9) o Prêmio Lihuén de Melhor Filme Ibero-Americano, na primeira edição dessa honraria concedida pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile.

A premiação reforça a trajetória de sucesso do filme, que tem como foco a história real de Eunice Paiva e sua luta por justiça durante a ditadura militar no Brasil.

Durante o discurso de agradecimento, Walter Salles celebrou o prêmio como um reconhecimento importante, especialmente vindo de um país que também enfrentou um período de repressão.

“O Chile viveu uma das ditaduras mais violentas da América Latina. Este prêmio simboliza o valor da memória, da resistência e da justiça. Estamos profundamente honrados”, declarou o cineasta.

Reconhecimento ao cinema que ilumina a história

A produtora do filme, Maria Carlota Bruno, que representava a equipe na cerimônia, destacou o simbolismo do nome do prêmio.

“Descobri que Lihuén significa ‘luz’ em mapuche. Que bonito que ‘Ainda Estou Aqui’ receba um prêmio com esse nome, pois o filme busca iluminar histórias esquecidas pela ditadura”, afirmou.

Ela também comemorou a estreia da categoria voltada ao cinema falado em português e espanhol, ressaltando a importância da diversidade linguística e cultural na indústria cinematográfica ibero-americana.

Impacto e legado do filme “Ainda Estou Aqui”

Desde sua estreia, o filme vem acumulando críticas positivas por sua abordagem sensível, roteiro envolvente e relevância histórica. Ao abordar temas como memória, resistência, direitos humanos e justiça transicional, a produção tocou o público em diferentes partes do mundo.

Com a conquista do Prêmio Lihuén, “Ainda Estou Aqui” se consolida como uma das obras mais importantes do cinema latino-americano contemporâneo, e reforça o papel da arte na preservação da memória histórica.