Agosto Laranja alerta sobre esclerose múltipla: o que você precisa saber

Equipe médica chama atenção para infusão, cuidado multidisciplinar e acolhimento ao paciente

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Agosto Laranja alerta sobre esclerose múltipla: o que você precisa saber
Foto: Valter Andrade

O Agosto Laranja, campanha nacional de conscientização sobre a esclerose múltipla, atinge seu ponto máximo em 30 de agosto, Dia Nacional da Conscientização sobre a EM. A data tem o objetivo de informar a população sobre os riscos da doença, incentivar o diagnóstico precoce e valorizar o acesso a tratamentos eficazes, capazes de mudar o curso da condição.

Atualmente, estima-se que mais de 40 mil brasileiros convivam com a esclerose múltipla, uma doença autoimune crônica que ataca o sistema nervoso central. Os sintomas incluem visão embaçada, formigamentos, fraqueza muscular e dificuldades cognitivas. Ainda sem cura definitiva, a doença pode ser controlada com medicamentos modernos, que reduzem os surtos e evitam a progressão de incapacidades.

“O diagnóstico precoce da esclerose múltipla é essencial para preservar a autonomia do paciente e evitar danos permanentes”, explica a neuroimunologista Larissa Teixeira, do Hospital Mater Dei Salvador.

O processo diagnóstico envolve uma combinação de exames clínicos, ressonância magnética e análise do líquor (líquido cefalorraquidiano), conduzidos por especialistas. Ao descartar outras doenças com sintomas semelhantes, o neurologista inicia rapidamente o tratamento — que pode ser oral, subcutâneo ou intravenoso — com base no perfil da doença e histórico do paciente.

“Nosso objetivo é estabilizar a doença e oferecer qualidade de vida a longo prazo”, diz o neurologista Jamary Filho, coordenador do serviço de neurologia do hospital. “Por isso, não tratamos apenas com remédios. É necessário suporte psicológico, fisioterapia e acompanhamento conjunto com outras especialidades.”

O tratamento da esclerose múltipla hoje é altamente individualizado. Há mais de 15 terapias aprovadas no Brasil, e a escolha depende do tipo da EM (remitente-recorrente, progressiva primária ou secundária), frequência e gravidade dos surtos, além de comorbidades e estilo de vida do paciente.

“Cada paciente é único. Por isso, decidimos em conjunto qual é a melhor estratégia de longo prazo”, complementa o neurologista Ricardo Alvim, também do HMDS.

Outro ponto crucial é a atuação de equipes multidisciplinares. Além do neurologista, o cuidado integral envolve fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, neuropsicólogos e educadores físicos, todos trabalhando juntos para melhorar a vida do paciente.

“Tratar a esclerose múltipla é também devolver a autonomia e promover bem-estar físico e emocional”, conclui Larissa.

Se você notou sintomas como alterações visuais, dormência nos membros ou fadiga extrema, procure um neurologista o quanto antes. A esclerose múltipla não espera — e o diagnóstico precoce pode ser a diferença entre a limitação e uma vida ativa e plena.

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