Invasão na Câmara: veja o que dizem vereadores sobre o caso
Invasão aconteceu na tarde de quinta-feira, 22, antes da votação do projeto de reajuste salarial

Por Gabriela Araújo
A invasão dos servidores municipais ao Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (CMS) foi repudiada por parte dos vereadores da cidade.
O caso aconteceu na tarde de quinta-feira, 22, durante a 1ª sessão extraordinária da 20ª legislatura, antes da votação do projeto de reajuste salarial.
Após invadirem o plenário da casa, alguns servidores municipais agrediram dois vereadores: Maurício Trindade (PP) e Sidninho (PP), este levou uma mordida no braço.
O que diz o presidente
O presidente Carlos Muniz (PSDB) lamentou a incursão ao prédio e comparou a situação com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília.
“Tratou-se de um ato bárbaro, com destruição do patrimônio público. Você pode ter certeza que me senti no 8 de Janeiro, quando, em 2023, um grupo de manifestantes invadiu o Congresso Nacional e depredou o Parlamento. Essas agressões não são feitas por verdadeiros sindicalistas, são feitas por baderneiros. Então, para mim, é um ato que vem de pessoas que não sentam numa mesa de negociação como determina os próprios sindicatos, como determina a lei, para que as reivindicações deles sejam atendidas”, disse.
O que diz os vereadores da situação
Os vereadores da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil), responsáveis pela aprovação da proposição, repudiaram a manifestação.
O vereador Daniel Alves (PSDB) considerou o episódio como “lamentável” e se referiu aos manifestantes como “criminosos”.
“Manifestantes criminosos invadiram a Câmara. Alguns deles, segundo a própria Polícia Militar, estavam armados. Entraram agredindo vereadores, deram murros, morderam… O vereador Sidninho, inclusive, vai registrar boletim de ocorrência”, disse.
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) também se manifestou contra o caso. Segundo a edil, a incursão ao prédio da CMS aconteceu com aval de parlamentares.
“Eu espero que as pessoas que participaram sejam devidamente punidas. A Câmara não vai se calar, tampouco os edis, que foram vítimas de soco no rosto e mordida na mão. O que aconteceu hoje não dá para normalizar”, afirmou.
O que diz a oposição
O protesto realizado pelos servidores contou com apoio do PSOL e de parte da bancada de oposição que se colocaram contra o projeto de reajuste durante votação e se absteve do voto.
Na ocasião, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) participou do caso e o ex-candidato a prefeito de Salvador, Kleber Rosa, também estiveram no local no momento da invasão.
Nas redes sociais, o vereador Professor Hamilton (PSOL) saiu em defesa dos manifestantes.
“O que aconteceu hoje na Câmara não pode se repetir. A Prefeitura de forma arbitrária votou para votar um projeto que vai contra os interesses dos trabalhadores, que interrompe a negociação e criminaliza o movimento dos trabalhadores”, disse.
Veja vídeo
Comentários: